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Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2021 às 23:10
- Atualizado há 2 anos
Uma rebelião na terça-feira (28) em uma das prisões do porto de Guayaquil, no sudoeste do Equador, fez com que o país declarasse estado de exceção para o sistema penitenciário.>
A superpopulação das cadeias e a violência entre gangues do narcotráfico se tornaram grandes problemas para o país após um motim que deixou 120 presos mortos e 52 feridos, se tornando a rebelião mais sangrenta do ano no país, de acordo com o órgão governamental encarregado das prisões (SNAI).>
Em fevereiro deste ano, quatro prisões de três cidades do Equador realizaram revoltas simultâneas, deixando 79 presidiários mortos, muitos deles sendo decapitados.>
"Acabo de decretar Estado de Exceção em todo o sistema carcerário em nível nacional", disse o presidente Guillermo Lasso no Twitter, nesta quarta-feira (29). Ele informou que chefiará um comitê de segurança em Guayaquil para controlar a "emergência, garantindo os direitos humanos de todos os envolvidos".>
O estado de exceção permite a suspensão dos direitos e o uso da força pública para restabelecer a normalidade. >
Também através do Twitter, o SNAI informou que a polícia e o Ministério Público "continuam levantando informações" na prisão, que permanece isolada por militares, apoiados por um tanque.>
O Equador enfrenta a violência permanente em seus 65 presídios, que abrigam 39 mil presos com uma capacidade para cerca de 30 mil.>
Segundo a Defensoria Pública, em 2020 houve 103 assassinatos nas penitenciárias do país, onde a corrupção facilita a entrada de armas e munições. As informações são da AFP.>