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Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2021 às 17:42
- Atualizado há 2 anos
O deputado federal Arthur Maia (DEM-BA), relator da proposta de reforma administrativa, disse ontem, em Salvador, que espera que o texto seja votado no plenário da Câmara dos Deputados ainda este ano. Ele, no entanto , ressaltou que cabe ao presidente da Casa Arthur Lira (PP) "avaliar o melhor momento, sentir o pulso para votar o projeto". "Pretendo agora visitar as bancadas para tirar as dúvidas dos parlamentares. Tenho muita esperança de que o texto seja votado ainda este ano. O que eu pude fazer para agilizar o andamento dos trabalhos foi ter uma conversa bastante evoluída com o Senado. Lá [no Senado], nós temos um texto já bastante adiantado", disse. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20 foi aprovada na Comissão Especial da Câmara no último dia 23 de setembro. O texto segue agora para o plenário da Câmara e para ser aprovado precisa de pelo menos 308 votos favoráveis. Se aprovado em dois turnos na Câmara, vai ao Senado. Durante debate sobre o tema promovido pelo grupo Lide Bahia, ontem, Arthur Maia reconheceu que a matéria é complexa, mas disse acreditar em sua aprovação. Ele enfatizou que os atuais servidores não vão perder qualquer direito. As novas regras só valerão para quem ingressar no serviço público após a reforma. "O texto que foi aprovado na Comissão avança no sentido de melhorar o serviço público. É um texto que buscou trazer a realidade média da Câmara e que protege a sociedade. Fizemos um texto equilibrado, sensato e que, sendo aprovado, dará uma significativa contribuição ao Brasil, no sentido de reduzir as despesas e de modernizar o estado, afirmou. O deputado baiano destacou que um dos pontos fundamentais de seu relatório foi a manutenção da estabilidade. "Não faz sentido algum acabar com a estabilidade. Imagine a cada quatro anos um prefeito vitorioso colocando para fora todo mundo e botando pra dentro os apadrinhados dele. A cada quatro anos teríamos a demissão de 5 milhões de pessoas das prefeituras de todo o país e a admissão de outras 5 milhões", afirmou. Entre as principais inovações mencionadas pelo relator estão a avaliação de desempenho de servidores, que será feita com a participação da população, na plataforma digital gov.br. Pelo texto, o servidor que tiver duas avaliações “insatisfatórias” consecutivas ou três intercaladas passará por um processo administrativo que pode levar à sua exclusão dos quadros do estado. Arthur Maia também destacou a possibilidade de contratação temporária de servidores por até 10 anos. "Não faz mais sentido o estado fazer concurso para tudo", disse, informando ainda que a reforma põe fim a uma série de benefícios chamados de “penduricalhos” para servidores da administração pública direta e indireta, ocupantes de cargos eletivos e membros dos Tribunais e conselhos de Contas, como férias superiores a 30 dias por ano, aposentadoria compulsória como forma de punição e promoção por tempo de serviço.>