Regina Duarte terá que devolver R$ 321 mil da Lei Rouanet

Prestação de contas de projeto foi negada

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Publicado em 22 de julho de 2022 às 13:52

- Atualizado há um ano

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O projeto cultural "Coração Bazar", criado por Regina Duarte e financiado pela Lei Rouanet, teve a prestação de contas negada pelo governo federal. A decisão foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) de ontem.

Por isso, o grupo "A Vida é Sonho Produções Artísticas Ltda.", empresa da atriz e ex-secretária da Cultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), deverá devolver R$ 319,6 mil ao governo federal.

De acordo com informações divulgadas pela Veja em 2020, a área técnica do Ministério da Cultura reprovou em março de 2018 a prestação de contas da peça. A atriz reuniu R$ 321 mil com base na Lei Rouanet.

A atriz teria entrado com recurso, que foi negado na noite de segunda (18) pelo atual secretário, Hélio Ferraz de Oliveira, e publicado ontem no DOU.

Em entrevista para a Veja, André Duarte, filho de Regina e um dos sócios da "A Vida é Sonho Produções Artísticas Ltda", explicou que a prestação de contas foi reprovada devido a falta de comprovantes de que o monólogo foi exibido sem a cobrança de ingressos entre 2004 e 2005.

Em agosto de 2005, a prefeitura de São Paulo anunciou em seu site oficial que a atriz realmente presentaria a peça em 21 CEUs (Centros Educacionais Unificados) da cidade de forma gratuita. Segundo a publicação, cada unidade recebeu duas apresentações.

A publicação no DOU de 2018, que reprovou a prestação de contas, destaca que o recurso captado seria para a montagem e apresentação da peça  "Ana Jansen", de autoria de Lenita de Sá, com adaptação dramatúrgica de Lauro César Muniz, na cidade de São Paulo.

De acordo com o quadro de sócios e administradores disponível na RedeSim do Governo Federal, a empresa é de Regina Duarte e todos os filhos da atriz, Gabriela Duarte, André Duarte e João Ricardo Gomez, atuam como sócios.