Renault Captur ganha motor turbo e acabamento mais refinado

SUV melhora em vários aspectos, mas parte de R$ 124.490. Confira avaliação em texto e vídeo

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 16 de julho de 2021 às 13:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Antônio Meira Jr./CORREIO
Esse SUV tem 21,2 centímetros de vão livre e o bagageiro tem capacidade para 437 litros por Antônio Meira Jr./CORREIO

A Renault foi a primeira marca no Brasil a ofercer dois utilitários esportivos no mesmo segmento. Começou com o Duster, em 2011, e, seis anos depois, incluiu o Captur. A estratégia continua, mas com o lançamento da linha 2022 o modelo mais recente tem outro foco.

Apesar de dividir com o Duster a mesma plataforma, o Captur ficou mais sofisticado internamente e ganhou um motor turbo, o primeiro do portfólio de automóveis da marca no país. Além disso, o fabricante francês atualizou a dianteira e incluiu faróis full led na versão topo de linha. A traseira continua igual.

A novidade mais esperada está sob o capô: o propulsor 1.3 litro, que foi desenvolvido pela Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em parceria com a Daimler - proprietária da Mercedes-Benz. E foi em um modelo da marca alemã, o GLB, que esse propulsor estreou no mercado brasileiro. Dê play e confira a avaliação em vídeo Importado da Espanha, o motor tem injeção direta de combustível e rende, entre 5.500 rpm e 6 mil rpm, 162 cv de potência com gasolina e 170 cv com etanol. Com qualquer mistura, o torque máximo, oferecido entre 1.600 rpm e 3.750 rpm, é de 27,5 kgfm. A esse novo propulsor, é associada uma transmissão automática do tipo CVT, que simula até oito velocidades.

Em nossa avaliação, feita com etanol, o consumo urbano ficou em 7,7 km/l e na estrada chegou aos 9 km/l. Com esse combustível, o Inmetro aponta 7,5 km/l e 8,3 km/, respectivamente, cidade e estrada. Com gasolina, o instituto indica que o esperado é 11,1 km/l no ciclo urbano e 12 km/l em rodovias.

Os preços também foram atualizados e a opção mais barata do Captur 2020 é a Zen, que custa R$ 124.490. A Intermediária Intense custa R$ 5 mil a mais e a Iconic sai por R$ 138.490. No entanto, para levar a pintura da carroceria em duas cores, como no modelo das fotos, é preciso pagar mais R$ 3.200.

Prós e contras A dirigibilidade do Captur melhorou bastante com a adoção do novo trem de força. O propulsor é ágil, reponde bem em diversas situações graças à ampla faixa de torque. O CVT também trabalha bem, ficou muito bem calibrada. Só faltou a opção de manipulação manual por paddle shifters, só há opção de trocas assim pela alavanca.

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Outro fator que contribui para a experiência positiva ao volante é a assistência elétrica da direção. Além de aliviar mais o peso que a solução anterior, o que facilita em manobras de estacionamento, ela tem respostas melhores em velocidades mais altas. 

Para estacionar, a novidade na versão topo de linha são as câmeras: além da traseira, o Captur ganhou outras três. Uma na dianteira e mais uma em cada lateral. Outra boa notícia é a adoção de alerta de pontos cegos, que acende uma luz laranja nas extremidades dos retrovisores externos caso algo esteja em uma posição oculta aos espelhos.

O acabamento interno melhorou bastante, mas faltou um cuidado especial com a conectividade. Foram instaladas duas tomadas USB para a parte traseira, mas na dianteira há apenas uma, e ela fica na central multimídia. Assim, para parear o smartphone e utilizar o Apple CarPlay ou o Android Auto um fio ficará pendurado no painel do SUV. A outra opção na frente é uma tomada de 12 Volts.

Outra situação que deveria ter sido revista pela empresa são os freios traseiros. Eles continuam sendo a tambor. Com a elevação do preço, potência e o torque, poderia ter sido adotado um sistema com discos nas quatro rodas, como acontece com concorrentes como Honda HR-V, Jeep Renegade e Volkswagen T-Cross. De qualquer forma, o sistema atual transmite segurança.