Rodamos de carro elétrico em Fernando de Noronha, onde a gasolina beira R$ 10

Confira as impressões do Renault Zoe, assista um vídeo com o carro e saiba quando os carros a combustão serão banidos da ilha

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  • Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos de Antônio Meira Jr./ CORREIO
O interior do carro elétrico é prático, similar ao dos novos Captur e Duster

O arquipélago de Fernando de Noronha é formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos. No total são 26 km², dos quais 17 km² são da principal ilha. É nela que circulam atualmente 1.000 veículos, entre caminhões, carros e ônibus. Essa frota trafega por ruas, trilhas e pela menor BR do Nordeste, a 363, que tem apenas 8 quilômetros.

Nesse paraíso, que ocupa uma área 40 vezes menor que a de Salvador, o preço da gasolina se aproxima de R$ 10. Mas rodei lá com um Renault por alguns dias e não gastei nada. O abastecimento do elétrico Zoe foi feito por meio de uma estação de recarga, que capta a energia solar e a transforma em eletricidade. Dê play e confira a avaliação do Renault Zoe Essa é a situação ideal para trafegar em Noronha, onde 85% da energia que abastece a infraestrutura é gerada por uma termoelétrica - a Usina Tubarão. Mas há um projeto em andamento, o Carbono Zero, que promete mudar essa realidade. Atualmente, trafegam na ilha 40 veículos elétricos, número que deve chegar a 100 no final do ano, 200 no ano que vem e 1.000 até o final da década.

A partir de agosto do próximo ano, será proibida a entrada de novos carros a combustão. Para ajudar quem quer trocar de carro, incentivos: isenção do Ipva e do frete - que custa em torno de R$ 10 mil, R$ 5 mil para a chegada do novo e o restante para enviar o antigo para o continente. Além disso, estão sendo negociadas linhas de financiamento específicas para moradores de Noronha.

Carro elétrico Nessa segunda geração, o Zoe foi otimizado e é uma ótima opção para o trânsito urbano. Na realidade de quem mora em Salvador, permite viagens de ida e volta para o Litoral Norte ou Feira de Santana, por exemplo. Ou até mesmo uma ida para Aracaju, em Sergipe. Inclusive há um bom espaço no porta-malas, que acomoda 338 litros.

O hatchback, que tem o mesmo porte do Sandero, tem autonomia para rodar até 385 quilômetros, mas vai depender de como o motorista dosa o pé no acelerador e faz um bom aproveitamento da regeneração de energia.

O propulsor elétrico entrega 135 cv de potência e 25 kgfm de torque. Como não é preciso subir os giros para alcançar o toque máximo, a força aparece na mesma proporção em que o condutor aperta o pedal da direita. Essa agilidade é bem-vinda no trânsito urbano, onde o carro precisa de 3,7 segundos para acelerar de 0 a 50 km/h.

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Para quem tem pressa, o Zoe agora suporta recargas em corrente contínua de até 50 kW, capaz de devolver cerca de 150 km de autonomia em 30 minutos plugado.

Em situações urbanas, esse Renault tem boas tecnologias de auxílio à condução, como alerta de ponto cego e sensor de estacionamento dianteiro. O Zoe também possui uma câmera no para-brisa que possibilita acender ou apagar o farol alto automaticamente, de acordo com a luminosidade e o fluxo oposto da via.

A Renault oferece o Zoe em duas versões no mercado brasileiro, a Zen, que custa R$ 204.990, e a Intense - configuração que foi avaliada -, tabelada em R$ 229.990. Na França, por exemplo, o Zoe custa a partir de 32.500 euros, o equivalente a R$ 201 mil.

*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA RENAULT