Rouge, Valeska e Jojo Todynho cancelam show, e Sedur fecha camarote

Banda Rouge já havia anunciado mais cedo que não realizaria o show 

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  • Carol Aquino

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 16:19

- Atualizado há um ano

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Após a banda Rouge anunciar que não faria mais o show no camarote Tribus, em Ondina, as cantoras Valesca Popozuda e Jojo Todynho também confirmaram o cancelamento das suas apresentações no espaço. Em seus perfis no Instagram, as artistas publicaram nota avisando aos fãs. 

Valesca disse que “o contratante não cumpriu suas obrigações contratuais”. Já Jojo disse que “o cancelamento do show se deve à falta de compromisso, respeito e o não cumprimento das obrigações contratuais do contratante acima”, falou. 

Interdição O Tribus foi interditadona quinta-feira (8) pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) pelo fato de não ter licença expedida pelo órgão, além de não obedecer aos requisitos de segurança requeridos pela Prefeitura. Ele não possui o Auto de Vistoria do Corpos de Bombeiros (AVCB), obrigatório para as estruturas montadas pelo Carnaval. Segundo a Sedur, se o responsável der entrada no licenciamento, o camarote pode voltar a funcionar. 

Os ingressos para o Tribus variavam entre R$  R$ 120 (quinta somente acesso) à R$ 370 (domingo premium open bar). O  camarote Tribus está montado no edifício Atlantic Towers, na Avenida Oceânica, em Ondina. No mesmo lugar funcionaram outras estruturas que não engataram no Carnaval, como os camarotes da cantora Cláudia Leitte e do jogador Ronaldinho Gaúcho. 

Posicionamento Durante a tarde desta sexta-feira (9), a reportagem do CORREIO tentou por várias vezes entrar em contato com o telefone disponibilizado pelo Tribus no site do camarote, porém sem sucesso. Um email foi enviado também, mas não obteve resposta até o final desta reportagem. Nenhum posicionamento foi emitido nas redes sociais do camarote. 

Nas páginas do Tribus no Instagram e no Facebook choviam reclamações. "Shows cancelados, camarote inteditado... Um absurdo. Amadores e antiprofissionais", criticou Júnior Figueiredo. O camarote não chegou a funcionar durante o Carnaval. Somente uma reclamação no Facebook foi respondida pela Tribus, que orientou a cliente a procurar o ponto de venda. 

Outros clientes relataram que chegaram a ir na estrutura pessoalmente e lá encontraram funcionários que lhes orientaram para pedir estorno dos valores pagos. Outros receberam um comunicado de sites de compras de abadás lhes informando do cancelamento dos shows e dando orientações a como buscar o dinheiro de volta. 

Direito Segundo o diretor da Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor de Salvador (Codecon), Alexandre Lopes, os consumidores devem procurar os pontos de venda onde retiraram os ingressos para pedir o ressarcimento. "A empresa deve devolver o valor pago ou então oferecer ingresso para outro dia".

Ele acrescenta que o ponto de venda tem responsabilidade solidária com os organizadores do camarote e tem o dever de compensar o prejuízo causado. Se o cliente não conseguir o ressarcimento, deve procurar os órgãos de defesa do consumidor como a Codecon ou o Procon.