Rui Costa volta a defender venda do Parque de Exposições

Ele disse que os interessados em eventos agrícolas devem se juntar para construir um local em uma área mais afastada

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  • Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2020 às 11:04

- Atualizado há um ano

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Rui Costa voltou a falar sobre a venda do Parque de Exposições de Salvador na manhã desta terça-feira (6). O governador defende que o parque fica em uma área muito importante da cidade, emboja seja pouco utilizado ao longo do ano.

"Nós vamos vender aquela área pra transformar em investimento porque precisamos garantir investimentos. Eu vou repetir: o Parque de Exposições é utilizado uma vez no ano. A sociedade não pode financiar um local que é utilizado por pessoas que promovem shows ou exposições de animais para angariar recursos", disse Rui.

Ele disse que os interessados em utilizar o espaço para a realização de eventos agropecuários podem se juntar para construir um local em uma área mais afastada da cidade."Quem utiliza o parque pra fazer esses eventos pode se juntar para montar um parque com o financiamento próprio. O que não pode é uma área enorme daquela ser imobilizada em uma cidade que é só levantar os olhos pra gente ver o nível de pobreza da nossa população. Os pobres não podem continuar financiando o privilégio de quem tem recurso para fazer eventos no local. Que emprego aquilo ali gera pra população de Salvador? Que renda aquela área gera pra Salvador?"Rui já havia declarado que ter um lugar exclusivo para eventos naquela região "é um luxo que a Bahia e Salvador não podem pagar". Para Rui, colocar esse terreno à venda para algum empreendimento que faça a economia circular diariamente será mais proveitoso para a capital baiana.

"Temos disposnição de conversar sobre áreas fora do centro urbano para construir lugar pra gado, pra cavalo, não é na principal avenida da cidade que é lugar apropripado pra isso", disse. "Se tivesse toda semana atividades de exposição, movimentando emprego, renda, vá lá, mas para usar duas vezes ao ano?  Uma área enorme daquela paralisada sem gerar atividade econômica, sem gerar emprego, não faz sentido ennhum", reforçou.

Ele disse que o estado tem disposição para negociar com associações interessadas uma parceria para um espaço do tipo fora da área urbana da cidade.

Depois que Rui anunciou a intenção de venda do espaço, entidades criticaram a decisão. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), representante dos produtores e os Sindicatos Rurais baianos, em conjunto com as instituições do setor agro, emitiram nota pública sobre o tema.

A Faeb diz que "o espaço é um equipamento público de grande importância para a economia da Bahia, não agregando apenas ao setor Agropecuário, com exposição e comercialização de animais e produtos agrícolas, mas todos os segmentos produtivos, como a Indústria, pela compra e venda dos insumos produzidos, e o Comércio de bens, Serviços e Transporte, através da geração de empregos e recolhimento de tributos ao Governo durante cada evento".

Ainda no documento, a Faeb e demais entidades reforçam a importância do equipamento. "Certamente, a arrecadação gerada pelo agronegócio, que tem mantido a balança comercial do Brasil nesses anos difíceis, cobre, com folga, a manutenção do Parque de Exposições, vital para a continuidade dos negócios de todos os segmentos, como já foi pontuado. É importante ressaltar que o êxito do setor rural garante também a manutenção das pessoas no campo, evitando o deslocamento precário para as cidades. Um campo forte é garantia de uma Bahia forte também", continua o texto.