Rui e Neto se reúnem hoje: 'Existe possibilidade e queremos voltar às aulas'

Governador diz que esse e outros assuntos serão discutidos em encontro

  • D
  • Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2020 às 10:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Wendel de Novais/CORREIO

O governador Rui Costa disse que se reúne na tarde desta quarta-feira (21) com o prefeito ACM Neto para conversarem sobre temas ligados à pandemia. A possibilidade de volta às aulas vai estar na pauta dos dois. "Hoje à tarde, vou me reunir com ele (Neto) pra fazer um balanço da pandemia, um balanço dos leitos e do avanço da estabilização da doença. Nós vamos falar sobre tudo que envolve a pandemia", afirmou.

"Sim, existe possibilidade de voltar e nós queremos retornar (às aulas presenciais). Arrisco a dizer que, se não fosse as aglomerações de festa de paredão e atividades de campanha, a gente já teria retornado às aulas. Isso porque os números do vírus vinham caindo de maneira acelerada e percebemos uma estabilização disso. Estamos monitorando o número de óbitos que é um sintoma muito claro da doença pra definir o retorno. Se os óbitos continuarem em 26 e 27, significa que a doença ainda continua em situação preocupante", disse o governador, durante visita a obra na Nova Constituinte. 

Ele disse que não é contra fazer campanha neste momento e que ele mesmo está participando de uma, mas que é preciso cuidados. "Mas eu acho que uma vez que você faz caminhada, você acaba fazendo com que as pessoas fiquem juntas e isso causa uma aglomeração. Tudo que nós não queremos. Diferente de uma carreata não há essa possibilidade tão grande contágio entre as pessoas. Por isso, eu recomendo que os candidatos dêem preferência para visitas com pequenos grupos de pessoas e caminhadas que são espécies de mini micaretas que são muito perigosas", acrescentou.

Rui diz que não há uma relação entre a testagem das comunidades escolares, que aconteceu em algumas cidades do interior e regiões da capital, e a volta às aulas. "Não temos uma meta estabelecida quanto a isso. Nós queremos continuar fazendo para monitorar a doença, mas isso não é pré requisito para a volta das aulas. Quero só deixar claro que o pré-requisito pra volta é que o sintoma da existência da doença esteja muito baixo e em queda. Qual o sintoma da existência da doença? A demanda de leitos hospitalares e o número de óbitos"

Anteriormente, o governador havia falado em retomar as aulas quando a taxa de óbitos por covid-19 ficasse na faixa de 20 - o boletim da Sesab de ontem registrou 21. "Hoje, nós estamos mais próximos do que distantes da volta às aulas. Se a gente reduzir pra 20 óbitos, nós já nos encorajamos para retornar às aulas dentro do protocolo. Vamos continuar monitorando", disse ele na segunda, quando o último boletim trazia 28 mortes por coronavírus.

Ontem, o governador também já havia criticado as aglomerações, afirmando que elas estavam prejudicando a queda de casos na Bahia e, consequentemente, a retomada da educação no estado. "Eu fiz uma reunião com o pessoal da Sesab analisando esta situação. A informação dos técnicos é que, se não fosse essa movimentação desse período eleitoral com aglomerações, talvez tivéssemos com números de infectados muito abaixo. A avaliação dos técnicos é que esse movimento segurou a continuidade da queda", disse.