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Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2021 às 13:50
- Atualizado há 2 anos
Salvador é a primeira cidade brasileira a assinar uma carta de compromisso com a Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2030. Entre 2011 e 2020, a capital baiana conseguiu atingir a meta três anos antes do acordado, em 2017.>
A prefeitura destaca que os números só diminuíram por conta do projeto Vida no Trânsito, iniciativa voltada para vigilância e prevenção de acidentes e mortes no trânsito. Coordenada na capital baiana pela Superintendência de Trânsito (Transalvador), a iniciativa conta com outros órgãos municipais, estaduais e federais.>
Segundo o superintendente Marcus Passos, a Transalvador investe em diversos segmentos de educação no trânsito, com o objetivo de reduzir acidentes. Entre os destaques estão ações para reciclagens com os motoristas da prefeitura e cursos de direção defensiva para motociclistas, mototaxistas e motofrentistas, além de cursos de educação no trânsito em escolas públicas e particulares.>
Também há os investimentos feitos nas ruas, com sinalização, colocação do piso compartilhado, faixas elevadas, sinalizações diferenciadas e ampliação de calçadas.>
Década de Ações Pela Segurança no Trânsito A iniciativa foi lançada com o intuito de reduzir o número de mortes e lesões no tráfego e salvar vidas. À época do lançamento, havia uma estimativa de cerca de 1,2 milhão de mortes por ano no trânsito. Atualmente, o número aumentou para 1,3 milhão.>
De acordo com Vitor Pavarino, consultor de segurança no trânsito da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), entidade ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), do ponto de vista relativo, é possível dizer que houve uma estabilização do número, considerando que aconteceu um aumento da população e da frota veicular. No entanto, os acidentes no trânsito ainda são a nona causa de morte no mundo.>
Dante Rosado, coordenador executivo da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global no Brasil, destaca que Salvador foi uma das cidades no país que conseguiu alcançar a meta. “Quem não conseguiu atingir a meta terá mais uma chance, e quem já alcançou, é mais uma oportunidade de avançar e reduzir o número de mortes”, disse Rosado. “Hoje, atuamos com políticas e ações que vão desde capacitação à revisão de projetos e colocamos Salvador em contato com outras instituições para troca de experiências, o que beneficia cada vez mais as cidades. É muito bom poder contribuir para Salvador”.>
A iniciativa trabalha com quatro eixos que ajudam a qualificar e quantificar o problema: levantamento de dados e monitoramento do trânsito; fiscalização; educação para o trânsito; e mobilidade e desenho urbano. No eixo da comunicação, o objetivo é engajar a sociedade no enfrentamento do problema e fiscalização, mostrando aos agentes de trânsito que o trabalho deles vai além do usual, mas de mudar o comportamento dos motoristas, fazendo com que eles entendam que o papel deles é salvar vidas.>