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Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 11:52
- Atualizado há 2 anos
Salvador tem planos de comprar 103 mil doses da vacina Coronavac com o Instituto Butantan, em São Paulo, para imunizar os profissionais de saúde da cidade. A prefeitura continua negociações com diversas fabricantes de imunizantes para tentar adquirir mais doses - o ideal seria ter 380 mil doses em um primeiro momento, segundo afirmou o prefeito Bruno Reis nesta terça-feira (5), ao explicar como estão as conversas para compra da vacina.>
"Nós temos aquele pedido formal ao Instituto Butatan. Ele irá disponibilizar para as outras cidades do Brasil, fora do estado de São Paulo, as doses para os profissionais de saúde. Aqui em Salvador são 103 mil profissionais de saúde das redes pública e privada. Já há um acordo nesse sentido para a gente fazer a aquisição. Inclusive eu fiz contato com o prório governador João Doria, que me ligou para parabenizar após a eleição. Eu disse a ele do desejo de Salvador e ele disse que nos atenderia", afirmou Bruno, que falou durante inauguração de obras da Lagoa dos Dinossauros, no Stiep.>
Ele afirmou que, naturalmente, a compra ainda depende da vacina conseguir o reconhecimento e autorização da Anvisa. com a comprovação da eficácia. "Primeiro, o reconhecimento. Vi que eles vão entrar com pedido emergencial junto à Anvisa. O que vai depender é a eficácia dela. Ainda estão concluindo os estudos da terceira fase. E esperamos que ela possa ter a maior eficácia possível que justifique nossa aquisição", disse.>
Bruno explicou que a ideia seria vacinar em um primeiro momento também os idosos, mas para isso é preciso comprar mais doses. "O ideal para Salvador é que possamos ter de largada 380 mil doses, que vai permitir imunizar os profissionais da área de saúde e todos os idosos da cidade, acima de 60 anos, que são as pessoas mais sensíveis ao coronavírus. A prefeitura tem disposição de adquirir essas doses com outros laboratórios. Vínhamos em conversas avançadas com a Pfizer. Ela estava na expectativa de aquisição com governo federal e somente após essa definição poderia fazer negociação direta com os municípios. Estamos aguardando o desfecho", contou. >
Outros laboratórios também foram procurados. "Fizemos uma série de outros contatos. Para a gente não importa a nacionalidade da vacina, e sim que ela tenha reconhecimento dos órgãos e eficácia. Estamos conversando com a Johnson, a Sputnik, com a da Oxford. O que dificulta esse processo? Alguns fatores. A quantidade de doses, os laboratórios querem comercializar uma quantidade muito grande. A Moderna tinha interesse de fazer a venda, mas queria vender 6 milhões de doses. Não temos condição financeira para isso", disse. "Na hora que eles decidirem que têm condição de fornecer, a gente tem capacidade de conversar com outros gestores e fazer a compra conjunta. O maior dificultador é o prazo de entrega. A Moderna, por exemplo, tá com prazo para outubro", sinalizou.>
Outra fabricante que a prefeitura tem conversas avançadas é a Johnson. "Na minha opinião, a melhor que tem. Mais de 90% de eficácia, dose única, o que facilita muito a logística. Pode ser armazenada a -2 a -8 graus. Todos nossos postos têm condição de armazenar. E a Johnson está dizendo que não tem interesse financeiro, tá dizendo que tem interesse social na vacina. Estamos conversando com a Sputnik. Esperamos que o governo do estado também possa avançar nessas negociações. Não estou preocupado se a prefeitura que vai adquiria a vacina, governo do estado, governo federal. Quero que a vacina chegue aqui o mais rápido possível", finalizou.>