Salvador terá 500 vagas de acolhimento para morador de rua até segunda (30)

Centro POP da Djalma Dutra, inaugurado hoje, vai funcionar como ponto de entrega de refeições e lanches

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  • Eduardo Dias

Publicado em 25 de março de 2020 às 15:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: Valter Pontes/Secom)

Com a inauguração do novo Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua - Centro POP, na Rua Djalma Dutra, no Matatu, a prefeitura pretende atingir, até a próxima segunda-feira (30), a meta de ofertar 500 vagas de acolhimento para a população de rua de Salvador. O equipamento de assistência social servirá de apoio para a distribuição de refeições e lanches, além de cuidados e higienização, voltados para a contenção da pandemia do novo coronavírus na cidade.

A cerimônia de inauguração do novo Cento POP, nesta quarta-feira (25), contou com a presença do prefeito ACM Neto e do vice-prefeito e secretário de Infraestrutura e Obras públicas, Bruno Reis, além da secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Ana Paula Matos.

Na ocasião, o prefeito revelou que a prefeitura contava com cerca de 350 vagas definidas nos centros de acolhimento municipais. No entanto, com o novo equipamento entregue, esse número atingirá a meta estabelecida por ele e sua equipe de chegar a marca de 500 vagas disponibilizadas. Para ele o novo espaço possui grande importância quando o assunto é acolhimento dos cidadãos que estão em situação de rua na cidade, pois está instalado numa área onde historicamente é frequentada por grande parcela dessa população.“Essa unidade está posicionada num local muito central da cidade, onde historicamente há muita concentração de moradores de rua. Ontem recebi o movimento que representa essas pessoas no meu gabinete para ajustar uma pauta extensa. Pauta essa que passa pelos esforços da prefeitura de assegurar o acolhimento e cuidados com essas pessoas. A prioridade fundamental nesse momento é tirar as pessoas da rua e colocá-las em um desses abrigos da prefeitura. Existem pessoas que estão passando fome nas ruas, por isso a prefeitura está assumindo a alimentação e também a higienização”, garantiu o prefeito.Neto revelou que, dentre as ações firmadas em reunião com o Movimento População de Rua da Bahia, vai assegurar outros espaços na cidade para que as pessoas em situação de rua possam ser acolhidas, como é o caso do aluguel de hotéis e motéis pela prefeitura.  

“Vamos alugar hotéis e motéis para serem usados no acolhimento. Caso os proprietários se recusem a fechar esse acordo de aluguel do espaço com a prefeitura, se for preciso, faremos a requisição administrativa desses equipamentos, para que essas pessoas possam ser abrigadas”, disse. (Foto: Valter Pontes/Secom) Funcionamento De acordo com a titular da Sempre, o Centro Pop da Djalma Dutra, assim como outros espalhados pela cidade, atuam com encaminhamentos das pessoas em vulnerabilidade sociais que procuram os centros, para outros espaços de referência administrados pela prefeitura, além de encaminhamento também para benefícios sociais.

Com funcionamento das 8h às 17h, o local tem capacidade para receber 80 pessoas, mas atuará num esquema especial nesse período, podendo atender até 300 cidadãos. À disposição dos acolhidos, estará uma equipe composta por assistentes sociais, psicólogos, educadores sociais, auxiliares administrativos, agente de portaria e auxiliar de serviços gerais.

“Esse centro será um espaço onde eles vão receber orientações sobre a questão do coronavírus. Aqui eles terão à disposição: banhos, equipamentos de limpeza, higienização e alimentação. Inicialmente, vamos ofertar lanches pela manhã e à tarde, mas aguardamos a licitação para a entrega de quentinhas. Será aqui que eles também receberão informações sobre as vagas de acolhimento dos hotéis sociais da prefeitura. Esse é um equipamento essencial. Já tínhamos três pela cidade, esse é o quarto que entregamos”, avaliou a secretária Ana Paula Matos.  

Ainda segundo Ana Paula, o local havia sido projeto para um trabalho de convívio grupal entre os acolhidos. Mas, devido a pandemia do coronavírus, o Centro precisou ser reconfigurado. “Aqui, normalmente, seria um local para eles conversarem e se organizarem para trabalhar após as refeições, mas, nesse momento, para evitar a formação de grupos, transformamos o local em um ponto apenas para orientações e encaminhamentos”, completou.

*com orientação da subeditora Clarissa Pacheco