Sangue, fogo e correria durante simulado na Estação da Lapa neste domingo (2)

Cerca de 40 brigadistas participaram da ação, que chamou a atenção de quem circulava no terminal

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  • Yasmin Garrido

Publicado em 2 de junho de 2019 às 12:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Muito sangue, fogo e correria. Este foi o resumo da manhã deste domingo (2) na Estação da Lapa, em Salvador. No entanto, tudo não passou de uma simulação de incêndio, que acontece anualmente e reúne cerca de 40 brigadistas que atuam internamente no terminal.

De acordo com o responsável pela parte de gerenciamento do terminal, Lucas Plessim, o treinamento segue normas impostas pelo Corpo de Bombeiros, bem como obedecendo a análises de riscos da própria estação.

“O que se tem aqui é uma colisão entre ônibus e veículo de passeio com vítimas”, disse ele. Ainda segundo Lucas, todas as pessoas que passavam pela Estação da Lapa no momento da simulação eram avisadas pelos agentes operacionais sobre a ação. “Por isso, não corremos o risco de ninguém entrar em pânico, acreditando se tratar de um acidente real”, avaliou.

Lucas Plessim explicou que tudo acontece da maneira mais próxima à realidade possível, “para que tanto a brigada quanto a população estejam preparados para uma fatalidade”. Este simulado, de acordo com ele, serve para garantir maior segurança a todos que transitam pelo terminal rodoviário.

O sócio-diretor da empresa CTA Treinamentos, Engenharia e Serviços, Robson Feriance, contou ao CORREIO que a partir do momento em que se é identificado um acidente nas imediações da Estação da Lapa, o tempo máximo de estabilização da situação é de 15 minutos.

“Este treinamento tem duração maior, porque a gente utiliza ele como forma de apontar pequenas falhas no processo de ação da brigada e fazer os ajustes necessários. Por isso é importante que ele aconteça anualmente, para mantermos sempre a equipe treinada”, ressaltou.

Ainda segundo Robson, a ordem de ações é, respectivamente,  acidente, alarme de emergência da Estação da Lapa, acionamento da brigada e socorro das vítimas. “O treinamento acontece com nossa equipe interna, mas, em um caso real, são acionados Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)”, explicou.

A Estação da Lapa recebe diariamente cerca de 110 mil passageiros. Um deles é Sandra Lima, 47 anos, que passa todos os dias pelo local. Para ela, a realização de simulação para casos de acidente é de extrema importância, tanto que não tirou os olhos da correira um só momento.

“A população deveria acompanhar a simulação presencialmente. É muito diferente de ver na televisão. Aqui, a gente sente a força da ação. É muito pesado, muito trabalho, e a gente precisa respeitar esses profissionais que atuam no socorro, porque, sem eles, é morte na certa”, destacou.

Lucas Plessim explicou que, com a chegada do socorro, é feita uma triagem dos passageiros que necessitam de atendimento. “São colocados quatro tapetes no chão, nas cores verde, amarelo, vermelho e preto, que vão do caso mais leve ao óbito”.

Todo o procedimento de simulação de incêndio na Estação da Lapa segue as normas impostas pelo Corpo de Bombeiros e, ao final, é emitido um certificado que libera o funcionamento do espaço e a atuação dos brigadistas.

*Com supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro