São Paulo cancela Réveillon na Paulista; Salvador decide até novembro

Possibilidade de adiamento do Carnaval de SP é discutida também

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  • Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2020 às 14:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: José Cordeiro | SPTuris

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (17) o cancelamento dos festejos de Réveillon na Avenida Paulista, por conta da pandemia de covid-19. Ele afirmou que a possibilidade do Carnaval ser adiado também é analisada.

"Hoje anunciamos que também não teremos Réveillon na Paulista nesta virada de ano. Tanto a prefeitura quanto o governo entendem como muito temerário organizarmos um evento para 1 milhão de pessoas para dezembro deste ano", afirmou Covas durante uma coletiva.

O prefeito de São Paulo disse que o evento requer uma organização muito antecipada. "É um evento que requer a organização de pelo menos três meses, envolve patrocínio, agenda de artistas, pacotes promocionais de hotéis, turismo. Queremos aqui com a maior previsibilidade possível dizer que a prefeitura também não vai organizar o Réveillon da Paulista. É um evento muito mais de paulistanos do que para turistas. Não é um momento em que se lota os hotéis da cidade. O movimento é mais de pessoas saindo da cidade", justificou, depois de, ontem, ter dito que tomaria a decisão até setembro.

Covas tem conversado com prefeitos de cidades com Carnaval grande, como Salvador, sobre um possível adiamento conjunto, como considera também ACM Neto. 

"Na nossa cidade também temos o Carnaval de rua, que requer um prazo menor de organização do que o do sambódromo. Em dois ou três meses dá para organizar o de rua. Para a realização no sambódromo, pelo menos seis meses, entre a preparação e ensaios das escolas. Não é apenas aglomeração no dia do desfile, mas duas ou três mil pessoas em uma quadra para ensaiar", explicou covas.

Em Salvador, o prefeito ACM Neto trabalha com o prazo de novembro para decidir tanto sobre o Festival Virada, que celebra o Ano Novo, quanto um possível adiamento do Carnaval. Ele afirmou que a festa de Réveillon é "muito mais simples" que a folia e por isso "o limite de decisão é o mesmo".