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Scaleups se destacam na geração de empregos

Mercado de tecnologia tem potencial de grande crescimento na Bahia

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 19 de outubro de 2022 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Marina Silva/CORREIO

Nos últimos três anos, empresas tecnológicas que já ultrapassaram o estágio inicial e estão em fase de validação do modelo de negócio foram responsáveis pela criação de 1,6 milhão de novos empregos no Brasil. As scaleups, que podem ser definidas como as startups que passaram pela fase de validação ganharam força nos últimos anos, porém ainda precisam superar dificuldades do cenário econômico. 

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“São empresas que saíram do processo experimental e estão em uma etapa de pós-validação do seu negócio”, explicou a secretária de Desenvolvimento de Salvador, Mila Paes Scarton, que foi mediadora do painel : Cases e Impactos das ScaleUps Baianas. Participaram junto com ela,  Ubiraci Mercês, CEO & fundador da Sanar; Paula Morais, co-fundadora da Intera Talent Hacking; e Camilo Telles, CEO da Antecipa. 

Nascida e criada em Salvador, Paula diz que sempre se incomodou ao perceber o potencial que a Bahia tinha para a área de tecnologia ser pouco aproveitado. Para ela, o déficit educacional do estado é o que explica o baixo desenvolvimento nesta área. Após algumas vivências em ambientes desenvolvidos tecnologicamente, buscou trazer para cá algumas iniciativas e conta ter “esbarrado” em problemas relacionados à educação. 

“Sempre gostei da temática de educação e isso me levou onde queria, estudei muitos modelos educacionais. Participei de Agenda Bahia desde o começo, deixei o e-commerce e passei a investir numa escola para formar os profissionais para o ambiente digital”, lembra. “Fortalecer o capital humano era o segredo para a gente mudar o jogo. A escola acabou porque o modelo de negócio não parava de pé, mas a gente virou para uma empresa de recrutamnteo destes profissionais”, explica. Em 2018, além de recrutar, passou a trabalhar com o mercado de software para recrutamento e foi como nasceu a Intera. 

Para Camilo, outro desafio que a Bahia tem está relacionado ao tamanho do seu mercado, que acabaria limitando as empresas. “Nada do que eu fiz foi especificamente voltado para a Bahia porque se eu fizesse isto estaria limitando o mercado a 5% do PIB do Brasil e sairia atrás de qualquer concorrente em São Paulo. Nunca fiz um evento em Salvador para a empresa de tickets que criei, era basicamente Rio e São Paulo. A Agilize começou aqui, mas só deve ser 5% do público. Na Antecipe, só tenho um cliente de Salvador”, conta. “A gente precisa entender onde estamos e entender que temos que nos preparar para competir nacionalmente”, acredita.

Ubiraci Mercês acredita que é preciso desenvolver mais o ser humano para alavancar o desenvolvimento tecnológico do estado. Um dos fundadores da Sanar, ele conta que o ambiente que encontrou para a criação da empresa foi bastante desfavorável. Apesar de oferecer ao mercado um produto totalmente inovador, que é capaz de municiar os médicos de conhecimento “desde a formatura até o último dia de trabalho dele”, foi preciso vencer a desconfiança do mercado. 

“A gente tinha um problema de respaldo, eram quatro moleques tentando convencer um professor a escrever um livro com a gente”, lembra. Para vencer a desconfiança, foi preciso contar com a ajuda da família. “Com o pai de um amigo, conseguimos o primeiro autor e criamos os primeiros conteúdos”, lembra. 

Para Ubiraci, a evolução registrada na Bahia nos últimos anos tem muita relação com o que está acontecendo no Brasil. “Do ponto de vista absoluto, ainda estamos muito atrás. Foram investidos R$ 40 bilhões em venture capital (capital de risco) no ano passado. A Bahia deveria ter sido o destino de R$ 2 bilhões, mas se puxarmos foi de apenas R$ 300milhões. Onde estão os outros R$ 1,7 bilhões?”, questiona. 

O Agenda Bahia 2022 é uma realização do CORREIO, com patrocínio da Acelen e Unipar, parceria da Braskem e Rede+, apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador, Fieb, Sebrae, Rede Bahia e GFM 90,1 e Apoio da Suzano, Wilson Sons, Unifacs, HELA, Socializa e Yazo