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Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2020 às 08:42
- Atualizado há 2 anos
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, criticou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualizou na terça-feira (29) o guia de uso emergencial de vacinas contra a covid-19. O documento trata dos requisitos mínimos para submeter a solicitação de autorização temporária para aplicar o imunizante no Brasil.>
"É inconcebível e inaceitável pela sociedade à qual serve, a postura da @anvisa_oficial de manter as mesmas exigências regulatórias para aprovação das vacinas Covid19 em plena pandemia. Cada dia que passa sem vacina mais pessoas morrem!", criticou em seu perfil no Twitter.>
"Minha crítica não possui qualquer conotação política. É pura indignação. Sou e sempre fui defensor da @anvisa_oficial e da sua blindagem. Mas o que estamos a viver é uma desconexão total da Agência com a realidade do mundo aqui fora. Exigir ensaios clínicos com alguns poucos milhares de brasileiros, quando lá fora já há dezenas de milhares estudados, pedir BPF e visitar o chão da fábrica da Pfizer americana (!), são alguns exemplos que me parecem exageros", completou o secretário.>
O órgão regulador alterou dois itens do guia. Em um deles, retirou a obrigatoriedade de a empresa fornecer um cronograma de disponibilização da vacina ao País. Também não é mais necessário informar a quantidade de produto disponível, mas apenas uma previsão>
Outro ponto modificado pela Anvisa trata do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que o paciente vacinado deve assinar. No novo texto, o governo sugere que seja utilizado o modelo adotado pelo Reino Unido ou outro desenvolvido pela empresa.>
Na última segunda-feira, a farmacêutica Pfizer havia dito que não pretende submeter sua vacina contra o coronavírus para avaliação de uso emergencial no Brasil. Em nota, a empresa disse que o imunizante desenvolvido em parceria com a BioNTech seria apresentado em "processo de submissão contínua", o que acredita ser "o mais célere neste momento".>
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também disse que não pedirá o uso emergencial do imunizante e tentará o registro definitivo. A fundação prevê entregar, no próximo ano, 210,4 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.>
O Instituto Butantã, que produz a Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, deve pedir tanto o registro emergencial quanto o definitivo à Anvisa.>