Segurança é sequestrado dentro de casa e corpo é encontrado no Vale de Nazaré

Homem estava com mãos atadas e com marcas de tiros na cabeça

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  • Nilson Marinho

Publicado em 13 de fevereiro de 2019 às 14:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nassor/CORREIO

O corpo de um homem, que foi sequestrado em casa no bairro de Cosme de Farias, foi encontrado na manhã desta quarta-feira (13) com as mãos amarradas e com quatro marcas de tiros na cabeça, nas proximidades do Hospital Santa Isabel, na Avenida José Joaquim Seabra, no Vale de Nazaré, sentido Aquidabã, em Salvador.

A vítima, de acordo com a polícia, foi identificada como Jonas Machado da Silva, 32 anos. Ele trabalhava como segurança e foi retirado de casa, que fica na Rua Jaguarari, no bairro de Cosme de Farias, por três homens encapuzados, na madrugada desta quarta, onde estava na companhia da família. 

Sequestro Segundo o delegado Líbio Otero, do Serviço de Investigação de Local de Crime (Silc), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os três homens chegaram na residência da vítima a bordo de um carro, que não teve o modelo e a placa identificados. 

Antes de levar Jonas embora a bordo do veículo, ainda de acordo com o delegado, o trio revirou todos os cômodos do imóvel levando também duas televisões, documentos e uma mochila. O corpo da vítima foi encontrado na avenida nas primeiras horas desta manhã por pessoas que transitavam pela via.

Em nota, a Polícia Militar informou que, por volta de 5h, policiais da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar (Nazaré) realizaram rondas quando encontraram um corpo com sinais de perfuração. A nota acrescenta, ainda, que a vítima estava com as mãos amarradas nas costas. "A área foi isolada para preservar o local do crime e o foi acionada a perícia", conclui a corporação.

Tiros Ao chegar no local, informou o delegado, o corpo de Jonas estava com quatro marcas de tiros na região da cabeça e rosto. Dois disparos, feitos no rosto, foram à queima roupa. 

"No rosto, ele tinha duas 'zonas de tatuagem', que é quando a pele fica chamuscada, preta, o que leva a crer que os suspeitos encostaram a arma antes de atirar. Já as mãos estavam atadas para trás com uma fita isolante de cor cinza", descreveu Otero. 

O homem estava sem camisa e calçados, apenas trajando uma bermuda de cor azul estampada. Ainda segundo o delegado, câmeras de segurança espalhadas pelo local devem ajudar a polícia a chegar nos autores do crime. "Já pedimos a busca de imagens de câmera de monitoramento da região", disse.

Corpo Um guardador de carros que trabalha nas proximidades do Vale da Nazaré disse ao CORREIO que encontrou o corpo por volta das 5h, quando estava indo para o trabalho. A princípio, ele imaginou que homem estivesse caído e resolveu não se aproximar. 

“Passei e imaginei que ele tinha caído. Fiquei olhando de longe e percebi, depois de um tempo, que o homem não se mexia. Outras pessoas que passaram viram que ele estava com as mãos amarradas e com marcas de tiro na cabeça”, relatou o homem. 

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro