Sem homens conscientes sobre o machismo os abusos contra as mulheres não vão parar

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  • Andreia Santana

Publicado em 7 de novembro de 2020 às 07:01

- Atualizado há um ano

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Indignação de mulheres e relativização de homens. As reações na internet ao caso Mariana Ferrer seguem a lógica machista. O acusado de estuprar a influencer em uma festa, em 2018, o empresário André de Camargo Aranha, acabou inocentado em uma audiência onde a vítima da violência sexual foi novamente violentada, agredida e silenciada pelo  próprio réu e  seu advogado de defesa,  além do promotor de justiça e do juiz.

O vídeo da audiência de Mariana foi publicado por um site de notícias e replicado de forma viral na internet, provocando tristeza  pelas cenas dolorosas do advogado de Aranha, Cláudio Gastão da Rosa Filho, exibindo fotos da jovem, usando expressões intimidadoras  para desestabilizá-la, julgando seu comportamento para culpabilizar a vítima. 

Novas formas de violência à Mariana foram praticadas ainda pelo comentário do jornalista Rodrigo Constantino, demitido pela Jovem Pan depois de afirmar que se a filha dele chegasse em casa contando que foi estuprada, que ele a ‘colocaria de castigo’ e não denunciaria o crime à polícia, por entender que a postura dela não era condizente com a de uma 'mulher direita'. 

Nas redes sociais, onde o debate foi intenso ao longo da semana, homens e mulheres, infelizmente, estavam em campos opostos. Enquanto a maioria delas foi solidária à dor de Mariana, eles tentaram encontrar justificativas para a absolvição de Aranha e concordaram com a postura do advogado e com os comentários de Constantino. Não questionaram nem a  tese estapafúrdia do promotor, que afirmou que o réu “não tinha como saber que a vítima não estava em condições de consentir o ato sexual”. No Instagram, o perfil @paporetonaofazcurva, com 18,5 mil seguidores, traz postagens de homens tentando se educar e orientar outros homens contra o machismo (Foto: Reprodução/Instagram) O machismo se sustenta em muitos pilares e um deles é o estereótipo de gênero, responsável por ditar normas para o comportamento feminino e o masculino. No caso das mulheres, as regras cerceiam  liberdade e  direitos, ditando desde as roupas que uma garota deve vestir até a postura correta para ser considerada 'respeitável' e não 'uma vadia'. No caso dos homens, a única premissa é: podem fazer tudo, até  estuprar sem intenção!

Abolir os alicerces que sustentam o machismo é uma tarefa árdua e as mulheres lutam diariamente por esse objetivo há muito tempo. Mas  é preciso que os homens também participem, que se engajem, que assumam a responsabilidade por seus atos machistas, dos mais simples aos mais graves,  e que  eduquem outros homens.

Sem esse compromisso deles, as mulheres continuarão sós na luta para derrubar a estrutura que as massacra e aniquila, desconhece suas dores,  as objetifica e abusa  de todas as formas. Homens conscientes e não machistas  não são só responsabilidade de mães que sabem educá-los desde pequenos, mas de pais, tios, avôs, professores e amigos comprometidos em erradicar  o machismo. 

Outros destaques da semana Casarão ficava em área de tombamento, embora o imóvel não fosse tombado (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Memória em ruínas: Casarão desaba na Av. Joana Angélica

Mais um casarão antigo desabou em Salvador, na noite de segunda-feira, 02, na avenida Joana Angélica, em Nazaré. A chuva intensa na cidade teria causado o colapso da estrutura, que estava arruinada. Segundo moradores das imediações do prédio, que ficava próximo à Escola de Engenharia, uma janela já havia caído na calçada há dois meses. Felizmente nenhum pedestre se feriu. A Defesa Civil de Salvador monitorava o imóvel e buscava o proprietário desde agosto, por conta da falta de segurança. A Codesal informou que monitora, atualmente, a situação de 1.290 casarões da cidade. Desses, 230 são classificados como de alto risco para desabamento e 130 têm risco muito alto.  Mar de lama da barragem de Fundão, em Mariana, se espalhou por 670 quilômetros (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil) Cinco anos sem justiça para os mortos, os vivos e a natureza

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG) completou cinco anos na quinta-feira, 05. Mas, até hoje, não foi feita justiça aos mortos, aos sobreviventes que perderam tudo o que tinham e ao meio ambiente. Ao todo, 19 pessoas morreram com o rompimento da barragem, que causou ainda inúmeros impactos ambientais, sociais e econômicos. A lama da barragem matou o rio Doce e arrasou 670 quilômetros, atingindo 39 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Donas da barragem, a Samarco, a Vale e a BHP Billiton até hoje não cumpriram as ações de reparação. Na opinião dos procuradores do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Renova, criada para reparar os danos do rompimento da barragem, está demorando mais do que o necessário para tirar do papel os 42 programas previstos no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta para minimizar os efeitos da devastação do mar de lama.

Ainda segundo o MPF, até agosto deste ano, só 34% das famílias afetadas pela tragédia receberam indenização e duas casas novas foram entregues aos atingidos. A Fundação Renova afirma que outras 37 casas estão em construção e devem ser entregues até dezembro.

O que as celebridades disseram:  Preta Gil espera a pandemia acabar para voltar a gravar (Foto: Divulgação) "Nesse mercado que a gente vive é muita cobrança. Eu não estou tendo felicidade para gravar nada. Se fulano gravou, que bom pra ele. Eu tomo as dores do mundo. Eu ainda estou de quarentena. As coisas ainda estão muito estranhas para mim", Preta GilA cantora participou de uma live no Instagram da atriz Isabel Fillardis e falou sobre as pressões que sofre para gravar novas músicas passados oitos meses da pandemia. Segundo Preta, justamente porque o surto de covid-19 ainda não acabou é que ela não se sente confortável de iniciar novos projetos. Na mesma entrevista, ela revelou que no começo da carreira recebeu apoio da cantora Ivete Sangalo, que divulgava os shows de Preta entre os próprios fãs, incentivando-os a prestigiar a colega. Esquema de rachadinha ocorreu no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado no Rio (Foto: Agência Senado) Senador denunciado

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou  o senador Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz por peculato, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa, no caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio. A denúncia foi apresentada ao  Órgão Especial do Tribunal de Justiça fluminense. Além do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro e de Queiroz, outras 15 pessoas foram indiciadas. Segundo a investigação, o esquema de rachacinhas durou de 2007 a 2018 no gabinete de Flávio  quando ele era deputado. Ministério da Saúde foi um dos alvos do ataque cibernético (Foto: Agência Brasil) Hackers em Brasília

Três ataques cibernéticos aconteceram essa semana em órgãos do governo federal. Na terça, 03, um hacker sequestou o banco de dados do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no atentado que já é considerado o mais grave do tipo no país. Na quinta, 05, o Ministério da Saúde e os servidores do Governo do Distrito Federal (GDFNet) foram invadidos. Os ataques são investigados pela Polícia Civil e Polícia Federal. Para evitar que seus dados também fossem sequestrados, MS e o GDFNet derrubaram sistemas e pediram que os funcionários evitassem acessar a rede remotamente. Ataque aconteceu no centro da capital austríaca, Viena (Foto: Joe Klamar/AFP) Tiros em Viena O centro de Viena, capital da Áustria, sofreu uma série de ataques simultâneos na segunda-feira, 02. Homens armados com rifles abriram fogo em diferentes pontos, deixando quatro mortos e 15  feridos, seis em estado grave,  segundo informou a polícia local. Confirmado pelas autoridades como ‘atentado terrorista’, o ataque aconteceu perto da sinagoga Seitenstettengasse, principal templo judaico de Viena. O grupo Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado na terça, 03. Na sexta, 06, o governo austríaco admitiu que havia recebido alerta contra autor do ataque.