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Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2021 às 12:39
- Atualizado há 2 anos
Em visita a Chapecó (SC), o presidente Jair Bolsonaro voltou a causar aglomeração na manhã deste sábado ao promover, sem máscara, mais uma "motociata" com centenas de apoiadores pelas ruas da cidade e levando na garupa o prefeito da cidade, João Rodrigues (PSD), também sem máscara. Em Santa Catarina, o item é obrigatório e passível de multa no valor de R$ 500 para quem não a usar em espaços fechados. O evento teve início pouco depois das 9 horas. Bolsonaro chegou a Chapecó na sexta-feira. Além de visitar a Chapecoense, ele discursou em um auditório lotado de empresários, em um evento com a participação do prefeito da cidade, João Rodrigues (PSD).>
Depois de percorrer as ruas, os participantes chegaram em Xanxerê, cidade da região, para inauguração de uma agência da Caixa Econômica Federal, retornando novamente para Chapecó posteriormente. >
No final, Bolsonaro fez um discurso criticando a CPI da Covid. "Não adianta provocarem, inventarem, quererem nos caluniar, atacar 24 horas por dia porque não conseguirão. Só uma coisa me tira de Brasília: o nosso Deus. Não vão ganhar no tapetão ou inventando narrativas", afirmou, em fala similar a uma que fez ontem à noite (mais abaixo). >
"Temos uma CPI de 7 pilantras que não querem investigar quem recebeu dinheiro, apenas quem mandou o dinheiro. Lamentavelmente, o Supremo decidiu pela CPI e decidiu também que os governadores estão desabrigados a ir depor. No tapetão não vão levar". >
Ataques ao STF Durante discurso a empresários de Chapecó ontem, Bolsonaro citou a decisão do STF de garantir que governadores não sejam inquiridos pela CPI da Covid no Senado e disse ser "inacreditável" o que acontece na Corte. As afirmações do presidente foram aplaudidas pela plateia com gritos de "Fecha! Fecha!". Sem citar o nome do ex-presidente, Bolsonaro afirmou que "tiraram" Luiz Inácio Lula da Silva para que ele seja presidente do Brasil. No lugar de se referir pelo nome, Bolsonaro gesticulou com a palma da mão aberta, com exceção do dedo mindinho dobrado. "Tiraram ele da cadeia, tornaram ele elegível, com toda certeza, para ser presidente na fraude. Com esse critério eletrônico que está aí, ele pode chegar", afirmou Bolsonaro que voltou a defender o voto impresso. "Tapetão por tapetão, sou mais o meu", completou, dizendo que só Deus tiraria ele do cargo. Segundo pesquisa Idec, divulgada nesta sexta, se as eleições presidenciais fossem realizadas hoje, Lula ganharia em primeiro turno, com 56% dos votos válidos contra 26% de Bolsonaro. O presidente também reforçou o compromisso de campanha de encaminhar, nesta segunda indicação para a Suprema Corte, o nome de alguém evangélico. O mais cotado para a vaga a ser aberta em 12 de julho, com a saída do decano Marco Aurélio Mello, é o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), André Mendonça. "Lógico, além de evangélico, esse sim, dono de um notório saber jurídico', disse. "Alguns apareceram como candidatos. Boas pessoas. Eu vou indicar para o Supremo quem toma cerveja comigo. É o critério da confiança, da lealdade mútua. Não basta ter bom currículo. É importante, mas tem que falar a minha linguagem. Quero que defendam no Supremo as questões econômicas e as questões familiares", afirmou Bolsonaro.>