Série B 2020 x 2019 após 15 rodadas; Vitória não briga para cair nem embala

Rubro-negro aparece na parte de baixo da tabela pela primeira vez nesta edição; próximo jogo é contra a Chapecoense

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  • Daniela Leone

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Letícia Martins / EC Vitória

O Vitória figura na parte de baixo da tabela pela primeira vez nesta edição da Série B do Campeonato Brasileiro. A metade da competição se aproxima e o 12º lugar na classificação faz os rubro-negros ficarem em estado de alerta. Não à toa. O objetivo não foi alcançado em 2019 e o Leão ainda não mostrou força suficiente na atual para garantir o acesso.

Como estava o Vitória nesse mesmo momento no ano passado? O CORREIO comparou as campanhas do rubro-negro nas primeiras 15 rodadas da edições 2019 e 2020 da Série B e também analisou os contextos do G4 e da zona de rebaixamento a essa altura da competição. O resultado você confere a seguir. 

Leão mais confortável A diferença de pontuação não chega a ser gritante, mas é considerável. Na edição anterior, o Vitória tinha 14 pontos na 15ª rodada e atualmente soma 18. Por isso, vive contexto e situação bem mais confortáveis nesse momento do que em 2019, quando era o primeiro time dentro da zona de rebaixamento, em 17º.

A distância para o G4 era maior: 10 pontos separavam o rubro-negro dos protagonistas do torneio. Hoje é de seis pontos. Com 24, a Ponte Preta é a 4ª colocada. Mas a principal diferença das campanhas é a relação com a zona de rebaixamento.

Na atual temporada, o Leão nunca esteve nela. Nesse momento, a distância para o Figueirense, 17º colocado, é de quatro pontos e requer atenção, mas não se compara ao que o Vitória vivia na Série B passada. O time não apenas estava no zona de rebaixamento como havia estado nela em 13 das 15 rodadas disputadas. Em três delas, inclusive, amargou a lanterna.

A reação veio na 16ª rodada, quando afrouxou a corda do pescoço ao ocupar a 16ª posição. Voltaria para a zona, no entanto, na 25ª. O risco de rebaixamento à Série C só foi eliminado na penúltima rodada.

O clube não quer reviver esse pesadelo e tem por objetivo se reabilitar na competição a partir de sábado, quando visita a vice-líder Chapecoense, às 16h, na Arena Condá, em Chapecó (SC). O jogo marcará a primeira partida fora de casa do técnico Eduardo Barroca. O novo comandante estreou com derrota por 2x1 para o Avaí, no Barradão, no sábado.

Líder mais isolado O contexto do G4 deste ano é semelhante ao do anterior. Na 15ª rodada, o Londrina era o 4º colocado e tinha 24 pontos, assim como a Ponte Preta atualmente. Coritiba e Atlético-GO, donos do 2º e 3º lugares, somavam 26 e 25 pontos, respectivamente. Hoje, essas posições são de Chapecoense e América-MG, ambos com 26 pontos.

A diferença significativa está na pontuação do líder. No ano passado, o Bragantino, que se manteve no topo da tabela em quase toda a competição, tinha 28 pontos na 15ª rodada, dois a mais do que o vice-líder Coritiba. Líder isolado neste ano, o Cuiabá tem 32 pontos. A diferença é de seis pontos para a vice-líder Chapecoense, porém esta tem duas partidas a menos.

Em 2019, apenas um time que estava no G4 a essa altura não garantiu o acesso. Foi o Londrina, que despencou de produção e acabou rebaixado. A vaga ficou com o Sport, então no 10º lugar com 23 pontos, apenas um a menos que a equipe paranaense, e festejou o retorno à Série A na segunda colocação.

Assim como no ano passado, o Vitória não esteve no G4 em nenhuma das 15 primeiras rodadas. Porém, na edição atual já esteve próximo disso. Ocupou a 5ª colocação ao fim da segunda e terceira rodadas.

Zona mais definida Na Série B atual há um lanterna muito bem definido. O Oeste tem apenas sete pontos, cinco a menos que o Cruzeiro, vice-lanterna. Figueirense e Guarani, 17º e 18º colocados, respectivamente, têm 14 pontos cada.

Em 2019, a zona de rebaixamento estava mais parelha na 15ª rodada. Vitória e América-MG, 17º e 18º colocados na época, tinham 14 pontos cada, assim como Figueirense e Guarani atualmente. Só que São Bento e Guarani vinham na cola, com 13 cada.

Ao contrário do que aconteceu com o G4, a zona de rebaixamento mudou muito até o final em 2019. Apenas um time se manteve nela e caiu, o São Bento. Os outros rebaixados para a Série C foram Londrina, Criciúma e Vila Nova.