Servidora diz que deficiência em compra de vacinas dificulta planejamento do PNI

Ex-coordenadora do PNI foi ouvida na CPI da Covid

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  • Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2021 às 17:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Leopoldo Silva/Agência Senado

A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) Francieli Fantinato avaliou que as dificuldades na compra de vacinas e constantes atrasos na entrega de imunizantes, que forçam o cronograma de vacinação no País a sofrer alterações, acabam esgotando a equipe responsável pelo PNI e dificultam o planejamento da vacinação no Brasil a longo prazo. "A gente precisava toda hora refazer os cronogramas e isso acaba esgotando bastante a equipe. Foi e continua sendo um processo difícil, porque os quantitativos às vezes mudam e a gente não consegue fazer um planejamento a longo prazo", declarou, durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. A ex-coordenadora também declarou que em um primeiro momento foi levado à Secretária Executiva do Ministério da Saúde a necessidade de compra de 140 a 242 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 - desconsiderando a segunda dose, possibilidade que ainda não era considerada na época - para poder controlar a transmissão da doença. De acordo com Francieli, o cálculo foi levado à cúpula do Ministério em 19 de junho do ano passado, e mesmo com a sugestão, o governo optou por adentrar no consórcio Covax Facility requisitando a cobertura mínima de vacinas, de apenas 10% da população. A ex-coordenadora também criticou as campanhas de vacinação no País. Em sua avaliação, é necessário ter um campanha agressiva de divulgação da vacinação no Brasil. Ela classificou as campanhas realizadas no País até agora como muito discretas.