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Da Redação
Publicado em 18 de março de 2020 às 14:25
- Atualizado há 2 anos
Entidades do setor econômico na Bahia divulgaram uma carta ao prefeito de Salvador ACM Neto ao governador do Estado, Rui Costa, em que propõem medidas de contenção aos prejuízos causados pela paralisação da economia causada pela pandemia do novo coronavírus. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-BA) estima um prejuízo de até R$ 108 milhões por dia.>
Entre as propostas enviadas ao gestores, estão o pedido de antecipação do 13º salário do funcionalismo público municipal e estadual para quem ganha até dois salários mínimos e a quitação dos débitos da prefeitura e do governo com fornecedores, prioritariamente com as empresas baianas. O grupo propõe ainda a criação de um grupo de trabalho com representantes do setor produtivo para monitoramento da produção agrícola e industrial e do abastecimento. >
"Em Salvador, a desaceleração da atividade econômica trará profundos impactos em todos os setores, o que exigirá do Executivo Municipal medidas emergenciais para mitigar seus efeitos. Nesse sentido, as entidades empresariais apresentam aqui sugestões de medidas de curto prazo que poderão atenuar as dificuldades agudas que serão enfrentadas nos próximos meses", diz o texto.>
Assinam a carta: Daniel Alves, presidente da Abrasel; Mário Dantas, presidente da Associação Comercial da Bahia; Pedro Luiz Failla, presidente da FCDL-Bahia; Alberto Nunes, presidente da CDL-Salvador; Ricardo Alvarez, Alban, presidente do Sistema FIEB; Humberto Miranda, presidente do Sistema FAEB, e Carlos de Souza Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-BA.>
O texto ainda pede ainda a redução de exigências burocráticas, como o adiamento do prazo para recolhimento do ISS, TFF, ICMS pelo prazo de 180 dias, com possibilidade de parcelamento, sem multa, por até seis meses.>
PrejuízosEm Salvador, na segunda-feira (16), a prefeitura decretou o fechamento de escolas municipais e particulares, academias e cinemas por 15 dias. O governo do estado também determinou que escolas estaduais, teatros, museus e zoológicos sejam fechados por 30 dias. >
Em todo o país, escolas, escritórios, museus e fábricas estão sendo fechados temporariamente. A tendência, para a Fecomércio, é de que apenas serviços essenciais continuem abertos, a exemplo de mercados e farmácias. “Os consumidores, no seu isolamento, estarão focados em preservar a sua saúde. Assim, mesmo algumas lojas abertas de produtos como roupas, eletroeletrônicos, por exemplo, tendem a ter uma redução drástica de demanda”, afirmou o consultor econômico Guilherme Dietze.“Pode-se dizer, contudo, que é um prejuízo momentâneo, uma vez que haverá postergação de compra de alguns serviços e produtos, mas como o período de restrição de circulação tende a ser relativamente longo, muitas das vendas serão perdidas. Infelizmente, não há como separar uma da outra”, completou o economista.>
Para o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, os empresários baianos vão passar por um “momento inédito e de muita incerteza”. Para ele, é importante reduzir custos fixos para amenizar os impactos negativos. >
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