Seu negócio: programa do Correio debate as lições da pandemia e novas oportunidades  

Empreender também se aprende 

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  • Do Estúdio

Publicado em 29 de setembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: divulgação

A chegada da pandemia teve efeitos severos na economia de todo o país e em meio a tantas incertezas e mudanças abruptas, a saída que muitos brasileiros encontraram para abrir portas e gerar renda foi investir em um negócio próprio. Seja vendendo um produto ou prestando um serviço, o empreendedorismo é uma forma de ‘fazer dinheiro’ ao mesmo tempo em que se soluciona demandas de outras pessoas. O tema será debatido hoje pela jornalista Gabriela Cruz e o gerente do Sebrae em Santo Antônio de Jesus, Carlos Henrique Nunes, no programa ao vivo que vai ao meio-dia, através do perfil do Jornal Correio no Instagram (@correio24horas).  

Durante o encontro on-line, Carlos Henrique falará sobre as diferentes motivações que levam as pessoas a empreenderem e os cuidados e dicas para que a probabilidade de sucesso em um novo negócio aumente.“A principal característica de quem empreende é a inquietude e, nesse ponto, existem os empreendedores por oportunidade e, também, por necessidade”, explica. “Na pandemia houve o fenômeno das pessoas que utilizaram o valor das suas rescisões contratuais para investir em um negócio e não faltam casos de gente que começou do zero e teve muito sucesso, mas para isso é preciso investir na educação empreendedora”, diz.  Nova perspectiva No caso do jornalista soteropolitano Alexandre Afonso, a chegada da pandemia foi uma importante oportunidade de ampliar os conceitos de empreendedorismo e repensar estratégias de posicionamento de mercado. Assim nasceu a Sivuplê Consultoria, agência que oferece suporte a empresas do ramo gastronômico. “Inicialmente eu fazia a comunicação do bar de um amigo e fui me aprofundando na consultoria para o ramo de cervejas artesanais, que era um assunto já do meu interesse, porém veio a pandemia e tudo mudou”, relata.   

Com auxílio de capacitações e conteúdo on-line, Alexandre resolveu ampliar a oferta de serviço para outras empresas que precisassem de uma “forcinha” na divulgação e comunicação e, à medida que o trabalho foi se consolidando, novas oportunidades começaram a surgir. “Gradualmente fomos atraindo novos clientes e conhecendo cada vez mais as soluções para esse setor. Agora em 2021 fechamos com a Proa Cervejaria e a Caatinga Rocks, que são grandes marcas, e a expectativa de agora em diante é que os negócios melhorem cada vez mais”, explica. “Acredito que no empreendedorismo os obstáculos não deixam de existir, mas se o planejamento é bem-feito e procuramos dominar ao máximo aquela área na qual estamos investindo, a probabilidade de sucesso é maior. Tudo isso com uma dose de persistência, claro”, completa. 

Tempo de empreender Para Carlos Henrique, do Sebrae, independentemente da motivação que leve a pessoa a empreender, o pontapé inicial pode ser a oportunidade de revelar um talento adormecido para o empreendedorismo. Porém, quanto mais cedo os conceitos de gestão de negócios e visão empreendedoras forem desenvolvidas no indivíduo, melhor. “Eu acredito que não existe idade para empreender, mas não há dúvida de que um adolescente que é estimulado a desenvolver essa capacidade empreendedora terá excelentes oportunidades no futuro, seja em um negócio próprio ou mesmo em trabalhando em uma empresa”, diz.  

Um exemplo disso é a empresária Juliana Tavares, que começou a trilhar nos caminhos do empreendedorismo aos 15 anos. Hoje responsável pela Seedmix Crispy Gourmet, empresa voltada para o mercado de alimentação, que já foi destaque nacional, ela precisou persistir e reconhecer as lições passadas pelos erros até consolidar a própria marca. “No meu caso, o empreendedorismo vem de família, por isso, quando eu tinha 15 anos, dispensei a festa de aniversário e pedi ao meu pai o dinheiro e a emancipação para abrir uma loja de bijuterias”, conta. “Da adolescência para cá tive mais de um negócio, por vezes tive que fechar, mas nunca rejeitei a possibilidade de tentar outra vez”, conta. 

Com a chegada da pandemia, e as incertezas impostas pelo “novo normal” levaram Juliana a cogitar encerrar as atividades da Seedmix, porém o período foi utilizado para repensar oportunidades. A empresária optou por seguir contra a maré e expandir as operações. “Hoje estou com cinco marcas diferentes trazendo uma série de novidades e acredito que a perspectiva é a melhor possível. Eu acredito que quando escolhemos empreender em algo que faz a diferença na vida das pessoas é importante persistir e essa foi uma das principais lições que tive”, afirma.  

Para o gerente do Sebrae, um dos fatores determinantes para o sucesso de um empreendimento é a confiança no que se faz e persistência independente das condições.

“Quando a gente trabalha com aquilo que gosta, tudo fica mais fácil, então sempre digo que não podemos criar sentimentos negativos sobre o nosso trabalho. Não faltam casos de empresários que fracassaram duas, três vezes e, mesmo assim, acreditaram e alcançarão os seus objetivos”, diz. “Na caminhada, o talento faz a diferença, mas o sucesso só será alcançado se estiver associado à persistência e ao aprimoramento constante”, completa.  O Empreendedorismo é um projeto do Correio com o patrocínio da CF Refrigeração, Jotagê Engenharia e apoio da AJL Locadora.

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