Silveira Martins: conheça a rua que é o coração do Cabula

Construída entre 1965 e 1966, via tornou-se o principal vetor de expansão urbana do bairro, reunindo uma ampla oferta de serviços

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  • Da Redação

Publicado em 27 de março de 2018 às 08:00

- Atualizado há um ano

Principal via do Cabula, a Rua Silveira Martins é hoje uma das maiores e mais importantes artérias do trânsito de Salvador. Com 5,3 quilômetros de extensão, tem início após a Ladeira do Cabula e corta todo o bairro até a Avenida Paralela. A rua tem de tudo e proporciona aos moradores uma ampla oferta de serviços, além de um grande número de lojas, farmácias, supermercados, bancos, academias, bares, restaurantes, entre outros estabelecimentos. São mais de 300 negócios funcionando ao longo de seu trajeto.

Cláudia Souza mora em condomínio localizado na rua principal do bairro. “Encontro tudo o que preciso na Silveira Martins. Não preciso sair daqui para resolver nada”, afirma a servidora pública. Ela destaca a diversidade na oferta de serviços, como escolas e academias, e também as opções para compra de produtos. 

Próximo da residência de Cláudia está o Plaza Shopping Cabula, que reúne diversos estabelecimentos, entre salões de beleza, lojas de roupas e acessórios, farmácias, restaurantes, lanchonetes, lotérica, informática e outros.

Serviços O bairro conta com outros centros de compras, como o Shopping Cabula Tropical Center e o Master Shopping Cabula. Grandes redes varejistas também estão presentes na via, como Bompreço, Casas Bahia e Lojas Americanas, assim como redes de farmácias, como São Paulo, Drogasil e Pague Menos. Os consumidores do bairro ainda têm acesso a outras marcas conhecidas, como O Boticário e Subway.

O professor universitário João do Vale mora em um condomínio em uma rua transversal à Silveira Martins. A via principal do Cabula, para ele, é completa, e destaca como exemplo o número de agências bancárias ao longo da rua.  Entre elas estão unidades do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Bradesco e Santander. “O bairro cresceu muito nos últimos anos, ampliando a oferta de serviços e também de comércio”, citou o docente.

Diante de tamanha oferta, os moradores têm opções para escolher  variados segmentos. Um exemplo são as academias de ginástica. Duas grandes redes nacionais instalaram unidades na Rua Silveira Martins: Selfit e Smart Fit. Com ampla infraestrutura, elas oferecem diversos ambientes para musculação, atividades cardiovasculares, ginástica e treinos específicos. 

As principais escolas públicas e privadas do Cabula também estão localizadas na Silveira Martins. Uma das unidades é o Vitória Régia Centro Educacional, com 1,5 mil alunos e 80 turmas, do infantil ao ensino médio. Os colégios Resgate, São Lázaro e Parque também estão instalados na via. Entre as escolas públicas estão os colégios estaduais Francisco da Conceição Menezes, Governador Roberto Santos e o Polivalente do Cabula. Tem ainda escolas de língua estrangeira: Fisk e CCAA.

Expansão A abertura da Rua Silveira Martins, entre os anos de 1965 e 1966, tornou-se o principal vetor de expansão urbana do bairro, com a construção de infraestrutura. Áreas que eram antigas chácaras, localizadas ao longo da via, deram espaço à implantação de vários conjuntos habitacionais. Nas décadas de 70 e 80, foram construídos diversos deles, alguns em etapas, como os conjuntos Cabula I a X.

 A abertura da rua possibilitou a implantação, por exemplo, de duas importantes instituições de ensino superior: a Universidade do Estado da Bahia (Uneb), hoje com mais de seis mil alunos em 25 cursos de graduação, e a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, com 1,1 graduandos em seis cursos.

Quem foi Silveira Martins Gaspar da Silveira Martins nasceu em 1835, em Montevidéu, no Uruguai, mas, pouco tempo depois, seus pais se estabeleceram no Rio Grande do Sul, onde se dedicavam às atividades do campo. Após formar-se em Direito, iniciou sua vida profissional como juiz municipal no Rio de Janeiro, mas depois descobriu sua veia política.  Silveira Martins: político gaúcho dá nome à rua Em 1862, foi eleito deputado provincial pelo Rio Grande do Sul, e defendia as ideias federalistas no jornal que fundou: A Reforma. Dez anos depois, elegeu-se deputado-geral (federal) e seguiu de volta para o Rio de Janeiro, que já era a capital federal. Chegou a ser nomeado Ministro da Fazenda no período do imperador D. Pedro II, mas pediu demissão poucos meses depois, por não aceitar um projeto do governo de tornar inelegíveis os cidadãos não-católicos. Elegeu-se senador e, em 1889, ano da proclamação da República, tornou-se presidente da Província do Rio Grande do Sul, cargo equivalente a governador.

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