Sólo cênico com Cyria Coentro discute os rumos da educação

Apesar do tema, a atriz classifica a obra como uma comédia dramática, onde as relações professor x alunos são abordadas com leveza

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 16 de março de 2018 às 13:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

O atual processo de ensino, que tem perdido para as novas tecnologias, a carreira de professor, o choque de gerações pais X filhos, educadores X alunos. Essas são algumas das discussões suscitadas na peça Animal, que traz a atriz Cyria Coentro como protagonista do solo cênico, que conta com a direção de Celso Nunes.

Animal pretende envolver os amantes do teatro, mas também alunos de escolas públicas e privadas, universitários e professores, uma vez que a abordagem da peça inspira o público a uma reflexão sobre a inversão de valores essenciais na sociedade e o reflexo disso no sistema educacional. “Apesar do tema ser denso, na peça, todas essas questões são abordadas com doses de muito humor, eu diria que é uma comédia drástica”, ressalta Cyria.

O espetáculo integra o projeto Trigonoteatro que montará, de março a agosto de 2018, três textos de três autores diferentes, sobre três temas diferentes. “Vultos” será o segundo espetáculo a ser encenado pelo Trigonoteatro e é uma livre adaptação de Celso Nunes do texto de Brien Friel e Moly Sweeney, que teve tradução brasileira feita por João Bithencourt.  Com estreia em abril, também com direção de Celso Nunes, é considerado um dos mais belos textos sobre Ética Humana do teatro moderno. Em cena são discutidos os mistérios da mente humana, os ganhos e perdas da Medicina, a ética nas relações interpessoais, o direito de se ser o que se é, a exploração das minorias, sanidade e loucura, o universo masculino versus o feminino, temas que são pauta do dia a dia em todo o mundo e que inquietam mentes e corações. Em agosto, estreia a terceira peça do Trigonoteatro: “Como se Fosse um Crime”, de Ângela Carneiro, brasileira que é escritora e tele roteirista da Rede Globo. Também com direção de Celso Nunes o espetáculo é uma comédia romântica à brasileira, que retrata o casamento como instituição, pontuando o adultério, amor, prazer sexual, colonialismo nas relações amorosas, da dinâmica do tédio e como evitá-la quando um homem e uma mulher se amam, e da importante função do tempo sobre o amor.

Vale salientar que Animal voltará a cartaz em abril, no Teatro Sesc Pelourinho, a partir do dia 06 de abril (sextas e sábados), também com preços populares.

SERVIÇO

Teatro Gregório de Mattos, às 19h, com preços populares (R$ 10 e R$ 20), e segue até o dia 18 de março, sempre de sexta a domingo.