STJ decide soltar Galo, motoboy suspeito de atear fogo em estátua de Borba Gato

Depois de oito dias preso, justiça aceita liminar de habeas corpus.

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  • Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2021 às 18:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Instagram

(Foto: Reprodução/Instagram) O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deferiu uma liminar de soltura em favor de Paulo Roberto da Silva Leva, conhecido como Paulo Galo, motoboy e ativista que assumiu participação no ato que pôs fogo na estátua do bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, zona sul São Paulo.

Galo está preso há oito dias no 2º Distrito Policial (Bom Retiro) e deve ser solto após decisão judicial. 

Sua prisão tem gerado comoção nas redes sociais, movimentando figuras como o rapper Mano Brown, o político Guilherme Boulos e outras lideranças sociais. Sua decisão de soltura já é comemorada.

Fogo Um grupo de manifestantes ateou fogo ao monumento a Borba Gato na região de Santo Amaro, em São Paulo, na tarde do dia 23 de julho. Relatos de testemunhas dizem que o fogo começou por volta das 13h30, mas foi controlado em cerca de meia hora pelos bombeiros. O monumento não sofreu grande dano. Uma bandeira com os dizeres “Revolução Periférica” também foi estendida no local. Ontem (23),  o coletivo  divulgou um vídeo perguntando: "Você sabe quem foi Borba Gato?" em seu instagram. 

Obra do escultor Júlio Guerra, que nasceu no bairro, a estátua faz homenagem ao bandeirante Borba Gato e foi inaugurada em 1963. São 10 metros de altura em concreto, com peso de 20 toneladas.

Por conta do histórico dos bandeirantes, a estátua é controversa. Borba Gato fez fortuna no século 18 escravizando indígenas pelo país. “Era também fugitivo da Lei e contrabandista de ouro, acusado de matar dom Rodrigo de Castelo, fidalgo português administrador-geral das Minas", diz o jornalista Laurentino Gomes, autor da trilogias 1808, 1822 e 1889.