Suspeito de assédio sexual, diretor da Prefeitura de Feira de Santana é exonerado

Ele foi denunciado por uma servidora terceirizada da Secretaria de Serviços Públicos

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 12:23

- Atualizado há um ano

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(Foto: Ascom/PMFS) Investigado por suspeita de abuso sexual, o diretor do Departamento de Manutenção de Áreas Verdes da Secretaria Municipal de Serviços Públicos de Feira de Santana, José Deodato Peixinho Filho, foi exonerado do cargo. Na exoneração, publicada no Diário Oficial de sábado (11) e assinada pelo prefeito Colbert Martins (MDB), não há informações sobre se a retirada de Peixinho do cargo tem relação com a investigação sobre abuso sexual.

O ex-diretor passou a ser alvo de investigação tanto da Prefeitura de Feira quanto da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), após ser denunciado por uma servidora terceirizada da Secretaria de Serviços Públicos, no dia 15 de novembro.

A vítima é Daiane de Jesus de Assis, de 29 anos, que relatou ao CORREIO na época que em seu primeiro dia de trabalho como auxiliar de serviços gerais foi assediada e importunada sexualmente na primeira conversa que teve com Peixinho.

Ela disse que foi à sala de Peixinho junto com o marido Sidnei Costa dos Santos, que tem 41 anos e atua na Prefeitura de Feira de Santana como agente administrativo. “Estávamos nós dois na sala, e a conversa ia normal até que o meu marido saiu para atender a uma chamada de celular e tudo mudou. Ele perguntou se meu marido olhava minhas conversas de WhatsApp, se a aliança no meu dedo seria algum impeditivo, se eu tinha amiga íntima e que se eu quisesse crescer na empresa teria de ser sem restrições com ele. Tomei um susto e me levantei”, contou a moça.

No momento em que se levantou, continua Daiane, Peixinho abraçou-a forte, de modo a encostar seu pênis ereto no corpo da mulher, e tentou beijá-la na boca. “Só que eu virei meu rosto e ele me beijou no canto da boca, me senti muito mal e sai da sala para encontrar meu marido, contei logo para ele tudo que tinha ocorrido quando ele saiu, então chamamos a Polícia Militar”, declarou.

A PM compareceu ao local, mas não levou Peixinho para a delegacia, o que deixou o casal revoltado. O CORREIO não conseguiu contato com a Deam nesta segunda-feira, e nem com o secretário Municipal de Serviços Públicos, Justiniano França.