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Pela primeira vez o Prêmio Braskem de Teatro acontece em formato de programa televisivo
Ana Pereira
Publicado em 17 de outubro de 2020 às 07:00
- Atualizado há um ano
Já escrevemos e lemos muitas vezes que este foi um ano de reinvenções. Mas quem ia imaginar que a maior premiação do teatro baiano aconteceria no formato de um programa de televisão? Pois é. Realizado anualmente com uma dose de pompa no Teatro Castro Alves e muito aguardado pela classe teatral, o Prêmio Braskem de Teatro chega à 27ª edição neste domingo (18), às 20h, com transmissão ao vivo dos estúdios da TVE, na Federação.
A ideia, explica o diretor artístico Gil Vicente Tavares, se consolidou à medida que a pandemia se agravou e os espetáculos com plateia ficaram na quarentena. A produção resolveu fazer a cerimônia, sem plateia e dentro dos protocolos, no Teatro do Irdeb, na sede da TVE. “Já que a gente vai estar na TV, por que não assumir logo e fazer um programa de televisão?” questionou-se Gil, que pela primeira vez dirige um programa televisivo.
Com o tema A História do Teatro em Tempos de Exceção e a Relação com o Tempo Atual, a cerimônia terá apresentação dos atores Marcelo Prado e Denise Correia e vai fazer uma reflexão sobre o impacto destes tempos difíceis para o próprio teatro. "Não podíamos fugir, afinal estamos sem trabalho e a Lei Aldir Blanc, que não vai atender todo mundo, está muito atrasada”, critica Gil, referindo-se à lei que destina recursos emergenciais para a cultura. Mas o espetáculo será esperançoso. “A pandemia trouxe uma desesperança por não saber o que vai acontecer. Mas queremos mostrar que ao longo da história da humanidade, o teatro já sofreu outros impactos por pandemias, guerras e questões religiosas e políticas. Chegou até a ser proibido, mas ressurgiu melhor e mais incrível. É o que vamos mostrar", resume Gil. O roteiro vai intercalar pequenas performances dos apresentadores com imagens de arquivo, depoimentos e claro, a premiação. E ainda homenagear Anselmo Serrat, Inaldo Santos, George Vassilatos, Fernando Neves e Chica Xavier, nome importantes para as artes cênicas, que morreram este ano.
Os indicados também terão protagonismo na cerimônia, afinal ser um dos destaques da cena teatral já é um lugar de prestígio. Por meio de depoimentos, eles vão demonstrar a representatividade dessa indicação para as carreiras deles. Em 2019, a comissão julgadora avaliou 58 peças teatrais baianas profissionais e inéditas, que estiveram em cartaz em Salvador entre 4 de abril e 23 de dezembro, escolhendo os concorrentes para as categorias de Espetáculo Adulto, Espetáculo Infantojuvenil, Texto, Direção, Ator, Atriz, Revelação e categoria Especial. Confira os indicados. Sarauzinho da Calú concorre a Melhor Espetáculo Infantil (Foto: Divulgação) Espetáculo Adulto • Holocausto Brasileiro • Última Chamada • Pele Negra, Máscaras Brancas • Sonho de uma Noite de Verão na Bahia • Vermelho Melodrama
Espetáculo Infantojuvenil
• Sarauzinho da Calú • O Jabuti e a Sabedoria do Mundo • Tati Búfala • Eu vou te dar alegria Texto • Gildon Oliveira e Jorge Alencar, por Vermelho Melodrama • Aldri Anunciação, por Embarque Imediato • Diego Araújo, por Holocausto Brasileiro • Gildon Oliveira, por Das Coisa Dessa Vida • Luis Antônio Sena Júnior, por Última Chamada
Direção • Onisajé (Fernanda Júlia), por Pele Negra, Máscaras Brancas • Thiago Romero, por Última Chamada • Jorge Alencar, por Vermelho Melodrama • João Miguel, por Das Coisa Dessa Vida • Diego Araújo, por Holocausto Brasileiro Ator • Ricardo Fagundes, por Das Coisa Dessa Vida • Eduardo Gomes, por Vermelho Melodrama • Jarbas Oliver, por Sonho De Uma Noite De Verão Na Bahia • Israel Barreto, por O avô e o Rio / Revolução • Everton Machado, por Balada De Um Palhaço
Atriz
• Márcia Lima, por Holocausto Brasileiro • Edvana Carvalho, por Aos 50 Quem Me Aguenta? • Ana Mametto, por Sonho De Uma Noite De Verão Na Bahia • Véu Pessoa, por Vermelho Melodrama • Fernanda Beltrão, por Dois Pesos, Duas Medidas Revelação • Elisleide Bonfim, pela atuação em Holocausto Brasileiro • Caio Rodrigo, pelo texto de As Cidades • Matheuzza, pela atuação em Pele Negra, Máscaras Brancas • Rodrigo Lélis, pela atuação em Osso • Cristina Leifer, pelo texto de Ensaios Sobre O Fim Categoria Especial • Aianne Bilitário e Marcos Lobo, pela cenografia de Escorpião • Luis Santana, pelo figurino e adereços de Vermelho Melodrama • Yacoce Simões, pela direção musical de Sonho de Uma Noite de Verão na Bahia • Euro Pires, pelo figurino de Aos 50 Quem Me Aguenta? • Erick Saboya, pela cenografia de As Cidades