Técnicos coletam amostras pra checar se tem esgoto entre o mar da Barra e Rio Vermelho

Embasa alerta que banho de mar deve ser evitado nessas praias

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  • Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2021 às 08:26

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Técnicos do laboratório central da Embasa trabalham na manhã desta terça-feira (10), nas faixas de praias da Barra ao Rio Vermelho, coletando amostras da água do mar para checar se tem esgoto retido no mar. O trabalho é feito após a realização de uma obra de manutenção na estação de condicionamento prévio (ECP) do Lucaia, que integra o sistema de disposição oceânica (SDO) do Rio Vermelho.

Mesmo com o processo de diluição e dispersão pelo movimento da maré e das correntes existentes nesta faixa, há uma preocupação que haja pontos onde o efluente possa estar retido. O trabalho de coleta e análise das amostras realizado pelos técnicos do laboratório da Embasa ocorrerá diariamente e os resultados serão entregues ao Inema até que atestem que as praias estão balneáveis.

“Acreditamos que, devido a essa parada de apenas 9 horas, o impacto nas praias seja rapidamente dissipado pelo movimento da maré, que nessa época do ano apresenta muita energia e potencial para diluição e dispersão. O esforço da Embasa, após a conclusão desse serviço será o de acompanhar a qualidade da água das praias entre o Rio Vermelho e a Barra, para entender qual a dimensão do impacto e informar ao Inema para que o órgão avalie a condição de balneabilidade das praias”, declara o superintendente de esgotamento sanitário Flávio Lordello.

De acordo com a Embasa, a ECP voltou a bombear efluente para o emissário submarino do Rio Vermelho nesta terça (10), por volta de 5h após a conclusão de serviços de manutenção preventiva em seus equipamentos eletromecânicos e hidráulicos iniciados na última segunda-feira (9) às 20h.

Foram 9 horas de trabalho realizado em várias frentes, durante a noite e a madrugada, visando parar pelo menor tempo possível o funcionamento da estação e, assim, evitar transtornos e impactos na foz do rio Lucaia e nas praias na faixa que vai do Rio Vermelho até a Barra.

A estação do Lucaia cumpre a função de retirar sólidos grossos e partículas finas de cerca de 73% do esgoto coletado na capital baiana. Do seu funcionamento depende a destinação adequada de efluente pelo emissário submarino do Rio Vermelho, tubulação subaquática com quase 3 quilômetros de extensão que dispersa esgoto condicionado a uma profundidade de 27 metros, sem risco de degradação ambiental da flora e fauna marítimos.

O SDO do Rio Vermelho tem licença do Ibama para lançar efluente no oceano e recebe frequentes manutenções preventivas para evitar paradas longas que causem extravasamento nas praias de Salvador.