Teich afirma que Brasil pode chegar a 1.000 mortes por dia: 'Possível acontecer'

Ministro da Saúde também disse que ainda não dá para flexibilizar o isolamento social

Publicado em 30 de abril de 2020 às 20:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Ministro da Saúde, Nelson Teich alertou que a pandemia do novo coronavírus pode ter resultados ainda piores no Brasil. De acordo com ele, o país pode chegar ao patamar de 1.000 mortes por dia - por enquanto, o maior número confirmado foi de 474 óbitos em 24 horas, anunciados na última terça-feira (28).

"Em relação a um possível número de mortes, hoje a gente está perto de 500 mortes, 400. O número de 1.000, se estivermos num movimento, num crescimento significativo da pandemia, é um número que é possível acontecer. Não quer dizer que vai acontecer. A gente tem que acompanhar a cada dia para ver o que está acontecendo para tomar as decisões", disse o ministro.

Segundo Teich, ainda não dá para se falar em iniciar a liberação do isolamento social, diante da curva de mortes provocadas pelo novo coronavírus em "franca ascendência". Ele pregou cautela e comentou que tem diretrizes prontas com orientações de como gestores estaduais e municipais devem pensar no distanciamento social."Ninguém está pensando em relaxamento. (...) Neste momento ninguém está pensando em flexibilizar nada, a gente está desenhando um projeto, uma diretriz", falou."A gente tem um ponto de partida. Mas algumas coisas são básicas, não dá para você começar uma liberação quando você tem uma curva em franca ascendência. (...) Tem cidades que nem estão com a curva caindo e já tem flexibilização. Se uma diretriz puder soar como recomendação de relaxamento, isso seria muito ruim. Não é o caso", garantiu Teich.

Nesta quinta, o Brasil alcançou o número de 5.901 óbitos em decorrência do novo coronavírus. Porém, de acordo com o ministro, o crescimento de vítimas fatais não impactam nas políticas já planejadas.

"Não é porque teve alteração no número de mortes que a política vai mudar. Neste momento, o distanciamento permanece como orientação. E vamos avaliar cada lugar, cada região, quanto de recurso para atender pessoas".