Tem frente fria no estado: previsão é de mais chuva e ventos fortes

Veja 12 bairros que mais choveram entre a noite desta quarta (17) e a madrugada de quinta-feira (18)

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  • Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2019 às 07:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nassor/CORREIO
. por Fotos de Mauro Akin Nassor/CORREIO

Os dias ensolarados em Salvador não duraram muito tempo. Alertas da Marinha, da Defesa Civil e da startup baiana i4sea se confirmaram e a chuva, aliada aos ventos mais fortes, que podem chegar até 60 km/h, voltaram a aparecer desde a noite desta quarta-feira (17). A madrugada foi marcada por chuva na capital baiana e em outro municípios do estado.

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Nesta manhã, vários locais da cidade ficaram com o tempo fechado. É o caso da Cidade Baixa, do Rio Vermelho, Pituba, Federação, além de Bom Juá, Calabetão, Periperi, Pirajá e São Cristóvão. Esses últimos bairros, aliás, foram os que mais choveram nas últimas horas, segundo dados do boletim divulgado pela Defesa Civil nesta manhã. Confira abaixo os 12 bairros que mais choveram entre a noite desta quarta (17) e a madrugada de quinta-feira (18).

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Segundo o órgão, a previsão é de que o dia seja marcado por chuvas fracas e moderadas. Nesta quinta-feira (18), Salvador pode registrar ventos de aproximadamente 33 nós (60 km/h), que estão vindo Sul/Sudeste. De acordo com a i4sea, a condição climática indica que provavelmente a capital baiana também terá dias chuvosos pelo menos até domingo (21).

As ondas tendem a aumentar atingindo aproximadamente três metros nesta quinta-feira (18), adianta a startup. A tendência é que o mar esteja bastante agitado até o final de semana. A Marinha emitiu um novo alerta de mau tempo na tarde desta quarta-feira (17). "#MarinhaInforma: Previsão de ventos de direção Sul a Sudeste, com intensidade até 60 km/h (33 nós) entre o litoral dos estados da Bahia, ao norte da cidade de Salvador (BA), e de Alagoas, ao sul de Maceió (AL), entre o dia 18 pela manhã e o dia 20 à noite", diz a nota.Apesar das condições meteorológicas, não há nenhum aviso em relação à altura das ondas, nem se o mar deve ser evitado por marinheiros e banhistas. A Marinha, no entanto, solicita que quem pretende navegar, pescar, praticar atividades no mar ou manter atividades de lazer no ambiente marítimo deve sempre consultar o site oficial ou as redes sociais das Forças Armadas para consultar informações e garantir sua segurança.

Torneira aberta Segundo o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), o período de março a julho é mesmo o que mais chove na Bahia. Além disso, as águas do Oceano Atlântico, superaquecidas devido à quentura do Verão que acabou de terminar, colaboram para a formação de nuvens que são levadas por ventos úmidos até a faixa centro-leste do estado, especialmente nas regiões mais próximas ao litoral. É o caso de Salvador.

O Inema explica que as chuvas deste período são, em geral, acompanhadas por raios e rajadas de vento. (Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO) ‘Fenômenos normais’ O mau tempo repentino, segundo especialistas, é causado pelo Distúrbio de Leste (DOL), ou Ondas de Leste, que, conforme boletins da Defesa Civil de Salvador (Codesal), tem sido recorrente na capital. A instabilidade climática é tropical e mais comum no Nordeste do Brasil. A previsão é de que ocorra com mais frequência até junho. 

Assim como o fenômeno que provoca instabilidade no tempo, há mais fatores que explicam a chuva - as frentes frias e a aproximação de ondas de baixa pressão, afirma a meteorologista do Inmet, Cláudia Valéria da Silva.

“Os fenômenos, que têm ligação com a convergência da umidade do oceano e são normais, podem ocorrer simultaneamente ou não. Não há uma regularidade, só a probabilidade de que ocorram até julho. Tivemos um Verão bastante quente e a superfície do oceano está aquecida, o que traz as nuvens de chuva”, completa ela, que alerta para o aguaceiro que deve cair neste fim de semana.“São chuvas comuns e esperadas, apesar do aumento. Já temos 60% a mais do que era esperado para a média do mês e devemos ter chuvas mais fortes, quase diariamente, até início de agosto. Depois, ainda vai chover por muitos dias, mas aí o volume já tem outra característica, já não tem tanta força”, explica.