Tempo e ações na vida das artes plásticas na Bahia

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  • Cesar Romero

Publicado em 29 de julho de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A arte de Genaro de Carvalho (foto/divulgação) A Bahia já foi um polo aglutinador e exportador de artistas. Quando unidos prosperaram em criatividade e em reconhecimento nacional. A geração do modernismo com seus pioneiros Mario Cravo Jr, Carlos Bastos e Genaro de Carvalho, no final dos anos 40, continuando nos anos 50, chamou a atenção do Brasil para a Bahia. Destacava-se na década de 50 a atuação de Anísio Teixeira e também do crítico José Valadares. Criaram-se Salões Oficiais.

Nesta época, fundaram-se novos museus que funcionavam, e motivados pelo novo ambiente cultural aqui chegaram artistas de vários estados do país e de outros países como Carybé, Udo Knoff, Hansem Bahia, José Prancetti, Lênio Braga, José Rescala, Tiziana Bonazola, Maria Celia Calmon, Jenner Augusto. Surgiram as presenças emblemáticas de Rubem Valentim, Lygia Sampaio e Henrique Oswald. A abertura do Anjo Azul e da Galeria Oxumarê foram pontos de encontros para o conhecimento. Não se pode esquecer a presença de José Guimarães, que na realidade foi o pioneiro do modernismo baiano. Em 1932 apresentou 42 pinturas entre paisagem, nus e natureza mortas, foram bem recebidos pela crítica e ridicularizado pelo público.  

Nos anos 60, marcadamente em 1966, por iniciativa de Juarez Paraiso, e Riolan Coutinho, entre outros, organizavam - se a 1° Bienal Nacional de Artes Plásticas, que ficou mais conhecida como Bienal da Bahia. Relevante o apoio de José Valladares, Wilson Rocha, Anísio Teixeira, Jorge Amado, entre tantos. Em 1968 Veio a 2° Bienal da Bahia que teve problemas com o regime militar e encerraram-se assim estes eventos tão importantes.

Nos anos 70 surgiu uma nova geração de artistas com intensa atividade e renovou a linguagem artística baiana. Quase todos os artistas da Geração 70, como ficou conhecida, eram voltados para a criação individual. Nesta década, Edison da Luz criou o ETSEDRON. Ganhou com seu projeto II o maior prêmio nacional da Bienal de São Paulo de 1973 e participou de outras Bienais com os projetos III, IV e V.

Nos anos 80, criado por Juarez Paraiso, surgiu o Projeto Nordeste de Artes Plásticas, que com 12 artistas percorreu todas as capitais nordestinas, num intercâmbio salutar.

No início dos anos 90 a 2000 surgiram os salões do Museu de Arte Moderna da Bahia, que trouxeram certo alento.

Mas, o que há de real é que a Bahia hoje não tem representatividade na arte brasileira. Poucos artistas atravessam os limites da cidade. Há um desestímulo geral, que precisa ser reavaliado por todos aqueles que se interessam por cultura.