Terreiros de Candomblé fazem caminhada pelo fim do ódio religioso

O objetivo é reunir adeptos das mais diversas crenças para pedir o fim das perseguições às religiões de matriz africana

Publicado em 12 de novembro de 2019 às 20:14

- Atualizado há um ano

As comunidades religiosas de matriz africana do Engenho Velho da Federação realizam, na próxima sexta-feira (15), a XV Caminhada pelo fim da Violência e do Ódio Religioso e pela Paz. A concentração será a partir das 13h, no busto de Mãe Runhó, localizado no final de linha do Engenho Velho da Federação. 

O objetivo da caminhada é reunir adeptos das mais diversas religiões para pedir o fim das perseguições às religiões de matriz africana, como Candomblé e Umbanda, que são vítimas cotidianamente do racismo religioso, mesmo em um bairro (e em uma cidade) historicamente ocupado por essas religiões.   

A  "Caminhada pelo fim da Violência e do Ódio Religioso e pela Paz" percorre a rua principal do bairro do Engenho Velho da Federação (Rua Apolinário Santana), e da Federação (Avenida Cardeal da Silva) em direção à Vasco da Gama, retornando ao ponto de saída: o busto de Mãe Runhó no fim de linha do Engenho Velho da Federação. 

Com cânticos e toques sagrados, por onde passa a caminhada leva a mensagem de paz, união e respeito religioso, sendo saudada pela comunidade e por terreiros que ficam no trajeto como o Gantois, a Casa Branca, o terreiro Oxumaré e o terreiro do Bogum, entre outras comunidades religiosas que resistem ao preconceito e à intolerância para professar sua fé.