Trade turístico comenta tendência de transformar prédios históricos em hotéis

Fera Palace e Fasano são exemplos de sucesso na capital baiana

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  • Gil Santos

Publicado em 11 de abril de 2019 às 04:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Desde o começo desta semana, integrantes do grupo hoteleiro português Vila Galé têm inspecionado as dependências do Palácio Rio Branco, fazendo medições e análises para formular uma proposta de ocupação para apresentar ao governo da Bahia. O Palácio fica numa área tombada como patrimônio histórico.

O governo do estado já sinalizou que cederá esse e outros prédios históricos a grupos hoteleiros interessados em se instalar naquela região, que passa também por intervenções na área de mobilidade, acessibilidade e segurança pública. No local, já há dois hoteis em prédios históricos: o Fera Palace, na Rua Chile, e o Fasano, na Praça Castro Alves.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Glicério Lemos, a ideia de ter mais um hotel deste porte em Salvador é boa, mas é preciso ter alguns cuidados.“Avalio de forma positiva porque esse será um hotel de luxo, ou seja, não vai competir com os que já temos aqui. Mas precisamos de incentivos para os que já estão sofrendo há oito anos anos com a crise”, afirmou.O presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), Silvio Pessoa, concorda. “Não adianta novos hotéis enquanto a ocupação não subir. Precisamos de incentivos, requalificação do Centro e políticas públicas para atrair mais público”, declarou Pessoa.

Já a presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), Ângela Carvalho, afirmou que é preciso fazer um estudo de viabilidade antes de fechar qualquer negócio.

Veja o que tem no Palácio Rio Branco: Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia - O local guarda documentos dos primeiros governadores da Bahia, como telegramas, medalhas, espadas e outros objetos pessoais.

Sala dos Banquetes - Ampla e bem iluminada, ela é emoldurada em estilo francês com fo- lha e flores tropicais representando a abundância. Recebia autoridades para almoços com o governador.

Escada em cristal francês - Uma mistura de vidro, ferro e bronze, com o clássico tapete vermelho, que leva ao segundo pavimento.

Escultura de Thomé de Souza - Em gesso, ela fica no primeiro patamar da escada e chama a atenção pela imponência. A autoria é de Pasquale de Chirico. 

Sala dos Espelhos - A decoração em estilo Luís XV é uma das que mais agradam aos visitantes, segundo os guias.

Sala dos Despachos - Conhecida também como Sala Verde, era o local onde o governador se reunia com os secretários e assessores para tratar dos problemas da Bahia.

Obra de Antônio Pereira - Tela Primeiros Passos para a Independência da Bahia, de 1930, retrata o confronto entre baianos e portugueses em Cachoeira, no Recôncavo. 

Varandas - Duas delas foram construídas de frente para a Baía de Todos- os-Santos, com uma das vistas mais bonitas da cidade.

Fachada - Tem diversos símbolos, como duas alegorias que representam ordem e progresso, e duas esfinges gregas que guardam o palácio.

Mobília - Possibilita uma viagem no tempo, passeando por diferentes períodos. Destaque para o estilo Luís XV.