Transbaião é condenado pelo TCU por irregularidades no uso dos recursos

Por Jairo Costa Júnior

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Publicado em 29 de outubro de 2020 às 07:40

- Atualizado há um ano

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Projeto abastecido pelo esquema da Lava Jato e idealizado pelo ex-deputado baiano Luiz Argôlo, um dos políticos do PP presos na operação, o Transbaião 2013 foi condenado definitivamente pelo Tribunal de Contas da União a restituir mais de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos, devido a irregularidades no uso dos recursos captados através da Lei Rouanet. Entre os patrocinadores do projeto, uma das réplicas do Trem do Forró pernambucano, está a Arbor Assessoria Contábil, cuja dona era Meire Poza, ex-contadora do principal doleiro da Lava Jato, Alberto Youssef. Em 2015, Meire acusou Youssef de usar a empresa ilegalmente para beneficiar Argôlo e repassar dinheiro desviado de contratos com a Petrobras para custear gastos pessoais do ex-parlamentar. 

Só para vips Originalmente, o Transbaião previa viagens de trem e shows em 13 cidades da Bahia, com acesso gratuito por pessoas de baixa renda. No entanto, virou festa privada para cerca de 54 convidados de Luiz Argôlo.

Nome aos bois De acordo com a decisão do TCU, o ressarcimento da verba captada para o Transbaião deverá ser feito, em até 15 dias, pela autora do projeto, a Associação dos Criadores da Região de Entre Rios, que era sediada em uma das fazenda da família de Luiz Argôlo, e ao então dirigente da entidade, Marcos Oliveira de Carvalho, ligado ao ex-deputado. Ambos terão ainda que pagar, cada um, multa de R$ 220 mil. O TCU também determinou a remessa do caso ao Ministério Público Federal da Bahia, para eventuais aberturas ações penais ou cíveis por improbidade administrativa.

Fé nas urnas Cardeais da oposição ao governo Rui Costa (PT) estão certos de que o bloco conquistará a maior parte das prefeituras nos 15 municípios mais populosos do interior. Com base nas últimas sondagem registradas no TSE ou para consumo interno, líderes oposicionistas apostam na vitória em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Teixeira de Freitas, Eunápolis, Alagoinhas, Barreiras e Porto Seguro. Acham possível vencer em Lauro de Freitas e Simões Filho, mas consideram as chances mínimas em Ilhéus, Paulo Afonso, Jequié e Juazeiro. Já Itabuna, ninguém arrisca previsão.

Boca de espera Entre os suplentes dos três deputados estaduais cassados este ano pelo TSE, ninguém sabe quando assume. Da lista, só Tiago Correia (PSDB) está no cargo, já que ocupa o lugar do secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates (PDT), licenciado desde fevereiro de 2019. Mesmo que Prates retome o mandato, como é esperado, Correia garante a vaga com a cassação de Marcell Moraes (PSDB), anteontem. Diferente de Josafá Marinho (Patriota), que espera há dois meses Pastor Tom (PSL) sair para entrar.

Xis da questão O lugar de Targino Machado (DEM) é a dúvida. O próximo na fila da oposição é Carlos Geilson, que trocou o PSDB pelo Podemos. Mas a anulação dos votos de Targino mexe no cálculo para divisão de vagas e pode beneficiar Ângelo Almeida (PSB)."Não faz sentido o estado abrir mão de uma das poucas áreas públicas que poderia ser utilizada para as principais vocações econômicas da cidade, como  turismo, música e cultura" - Domingos Leonelli, ex-secretário estadual de Turismo e dirigente do PSB, ao comentar a possível venda do Parque de Exposições