Três buracos misteriosos surgem na Sibéria e deixam cientistas confusos

O primeiro buraco foi detectado em meados de julho e é o maior até agora

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  • Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 18:53

- Atualizado há um ano

Um acontecimento intrigante tem chamado a atenção dos cientistas de todo o mundo. Em um intervalo curto de menos de um mês, três buracos surgiram na região da Sibéria, na Rússia - ainda não existe confirmação precisa da causa para o surgimento das crateras. Um vídeo feito pelo jornal Siberian Times mostrou o primeiro buraco, com imagens capturadas por um helicóptero mostrando a formação cheia de detritos e sinais de combustão.

O primeiro buraco foi detectado em meados de julho. Ele tem cerca de 80 metros de diâmetros, 60 m de profundidade e fica na Península Yamal, localização de um grande campo de gás que é explorado pela gigante da energia russa Gazprom - o campo foi descoberto em 1972.Primeiro buraco encontrado na Sibéria (Foto: Reprodução)Apesar de ter sido visto recentemente, há desconfiança de que o buraco está lá há meses ou anos: uma camada de gelo foi detectada nas bordas do buraco. Ou seja, se foi alguma explosão, o calor teria derretido todo esse gelo, que voltou a surgir com o tempo. Cientistas foram ao local coletar dados para investigar o caso.

Esta semana, dois novos buracos foram detectados. Eles são menores que o primeiro, mas têm estrutura parecida.Buraco perto da aldeia de Antipayuta (Foto: Acervo Pessoal)Um está perto da aldeia de Antipayuta, no distrito de Taz. Tem diâmetro de 15 m e fica a algumas centenas de quilômetros do primeiro buraco, também na Península Yamal. O outro está perto da aldeia de Nosok, na região de Krasnoyarsk. Tem 4m de diâmetro e profundidade estimada entre 60 e 100 m. Ele tem um formato perfeito de cone.Buraco Nosok encontrado esta semana (Foto: Acervo Pessoal)No momento, a principal teoria para explicar o surgimento dos buracos envolve um fenômeno conhecido como fuga de gás - o gelo no solo derrete e com isso bolsões de gás acabam escapando de maneira violenta, não causando necessariamente fogo ou explosões. Ainda não há um consenso sobre a formação das crateras e cientistas estão tentando investigar mais para chegar a um ponto em que consigam prever o surgimento de um buraco do tipo.

Assista vídeo com o primeiro buraco: