Três primos são achados mortos próximo à Av. San Martin

Vítimas foram encontradas com sinais de tortura

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  • Nilson Marinho

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 15:26

- Atualizado há um ano

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Os corpos de três primos foram encontrados na madrugada desta quarta-feira (17) na Rua do Horto, no bairro da Fazenda Grande do Retiro, nas proximidades da Avenida San Martin, em Salvador. Os homens foram encontrados com os braços amarrados, marcas de tiros e sinais de tortura ao lado do Colégio Luís Eduardo Magalhães.

De acordo com a Secretária da Segurança Pública (SSP-BA), os corpos foram localizados pela polícia por volta de 3h, sem nenhum documento de identificação. De acordo com a assessoria de comunicação do Departamento de Polícia Técnica (DPT), as vítimas eram Willdemar Souza Santos, Diego Marlon Lemos da Silva e Carlos Fabrício dos Santos Espírito Santos. As idades não foram reveladas.

Os corpos permaneciam no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) na manhã desta quarta aguardando a chegada dos familiares para realizar o reconhecimento. O CORREIO apurou que os três eram primos e que moravam no bairro do IAPI.

A equipe de reportagem apurou ainda que os três haviam saído de casa ainda na tarde desta terça-feira (16) para ajudar uma pessoa próxima a realizar uma mudança, mas acabaram não retornando. Pessoas ligadas às vítimas estranharam o atraso. Elas foram informadas da morte dos três na manhã desta quarta.

A reportagem apurou ainda que, há pelo menos um ano, os três tiveram que sair do bairro onde moravam depois de uma tragédia familiar. Alguns parentes das vítimas, que tinham envolvimento com a criminalidade, foram mortos, o que desencadeou uma série de homicídios contra outros membros da família. Muitos parentes, assustados, tiveram que deixar seus imóveis e mudar de endereço.

Os três, que também tinham envolvimento com o mundo do crime, voltaram a morar no IAPI neste ano. Não há informações, no entanto, de acordo com a SPP-BA, sobre a autoria e motivação do triplo homicídio. O crime está sendo investigado pelo Departamento de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP).

*Com a supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro