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Por Jairo Costa Júnior
Jairo Costa Jr.
Publicado em 1 de setembro de 2021 às 05:00
- Atualizado há um ano
Integrante da tropa do presidente Jair Bolsonaro na CPI da Covid, o senador cearense Eduardo Girão (Podemos) apresentou um requerimento em que solicita a transferência dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Bruno Dauster, ex-secretário da Casa Civil no governo Rui Costa (PT). Ao justificar o pedido, o parlamentar alega que uma das prerrogativas da comissão é investigar o uso de verbas federais repassadas aos estados para combater a pandemia e destaca indícios de irregularidade na compra de 300 respiradores pelo governo da Bahia. O caso ganhou visibilidade nacional e levou à queda de Dauster, exonerado em 5 de junho de 2020.
Cortina de fumaça O requerimento faz parte da tática adotada pelos senadores bolsonaristas na CPI, cujo foco é atacar governos estaduais comandados por adversários políticos, na tentativa de desviar a atenção de denúncias contra o Palácio do Planalto investigadas pelo colegiado. Como o bloco governista é minoria na comissão, o pedido de Girão sequer deve ser apreciado.
Mais do mesmo A ofensiva encabeçada por Eduardo Girão na CPI é a mais recente de uma série de iniciativas semelhantes. Em abril e maio deste ano, ele e outro aliado do presidente na comissão, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), apresentaram requerimentos para que Bruno Dauster e o governador Rui Costa fossem convocados a depor. Todos também hibernam há meses na pauta da CPI.
Levante da toga Desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) se articulam para frear o projeto que abre brecha para fraudes cartoriais na Bahia. A ideia de criar o chamado ofício único em cidades de até 50 mil habitantes, revelada na edição do último dia 20, tem rejeição de parte do TJ por unir tabelionato de notas e cartório de registro de imóveis no mesmo espaço.
Oxigênio extra O movimento dos desembargadores cresceu após o Conselho Nacional de Justiça cobrar esclarecimentos do tribunal sobre a proposta, que ignora determinação do próprio CNJ. Hoje, tabelionatos de notas e cartórios de registro de imóveis são separados para evitar fraudes.
Reino do bamba A casa em que morou o sambista Riachão, no Garcia, pode virar um memorial. A intenção de adaptar o imóvel para abrigar o acervo do artista foi comunicada pelos familiares dele ao prefeito Bruno Reis (DEM), que demonstrou interesse em preservar a memória do célebre cantor e compositor de sambas de sucesso que faria 100 anos em 14 de novembro deste ano. De pronto, o prefeito adiantou que vai colaborar para tirar o projeto do papel.
Pólvora no ar Independente do veredito do Supremo Tribunal Federal no julgamento sobre o marco temporal para as demarcações de indígenas, produtores rurais da Bahia e ONGs que atuam na defesa dos direitos humanos preveem conflitos sangrentos pela posse de áreas extensas no Sul e Sudoeste do estado.Segundo dados do Atlas da Violência, divulgado ontem, a Bahia registra taxa de 97 homicídios de jovens a cada 100 mil, ocupando o segundo lugar no ranking, atrás apenas do Amapá. E quem responde por isso? Alan Sanches, deputado estadual do DEM