Última sexta de junho foi marcada por atos de fé

Igreja do Senhor do Bonfim reuniu fiéis

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  • Luana Lisboa

Publicado em 25 de junho de 2021 às 20:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Paula Fróes/CORREIO
Avó de Luan entra na Igreja carregando a cruz por Paula Fróes/CORREIO

Nesta última sexta-feira de junho, como é comum entre os católicos, foi dia de visita às igrejas para finalizar bem o mês. Por isso, a Igreja do Senhor do Bonfim, uma das mais famosas da cidade, estava movimentada, com a ocupação coincidindo com a capacidade máxima de pessoas permitida durante a pandemia.

A fiel Cilene Queiroz não é uma das que costumam ir à paróquia todo mês, mas essa ocasião foi especial. O motivo foi o agradecimento pela vida da filha, de 3 anos. “Quando ela tinha alguns meses, tinha suspeita de um problema de saúde na cabeça, mas fizemos tomografia e isso não se confirmou. Viemos agradecer então”, explicou.

Ela também comentou que a Igreja não estava cheia, mas, devido à capacidade reduzida durante a pandemia, acabou tendo que ficar nas laterais.

Quem conseguiu um lugar sentado foi Luan Luz, de 28 anos. Ele foi com a família toda, que já tem o costume de frequentar a Igreja do Bonfim, mas hoje foi especial em prol da Missa de Sétimo Dia. Luan perdeu uma tia semana passada. “A minha avó era muito próxima dela e ficou muito emocionada com a missa, inclusive entrou carregando a cruz. Minha mãe e minhas avós sempre vão, eu vou quando posso", contou.

Já Marcelo Conceição, que trabalha no Bonfim há 20 anos, relata que essa sexta foi um dia especial devido ao Dia de Oxalá, pai de todos os orixás. “As pessoas têm que ter mais fé em Deus e nos orixás também, que são nossos irmãos de luz. Muitos cristãos vão lá procurar a gente para tomar um banho de folha, se rezar, tomar um banho de pipoca”, conta.

Ele relata que as pipocas representam Obaluaiê, orixá da cura em todos os seus aspectos, da terra, do respeito aos mais velhos e protetor da saúde. As folhas de arruda, de manjericão, e alecrim são para afastar a inveja, o olho grande e as negatividades.

“É muito bom ver as pessoas indo na Igreja do Bonfim, se vestindo de branco, tomando banho de folha e pedindo proteção de Senhor do Bonfim, que é muito poderoso, e de Oxalá. A gente reza as pessoas, com um galhinho de folha e joga fora o galhinho, não reutiliza”, relata.