'Um clube aguenta dois ou três meses', diz Guilherme Bellintani

Presidente do Bahia analisa crise financeira no futebol durante pandemia

Publicado em 22 de março de 2020 às 10:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Betto Jr / ARQUIVO CORREIO

Com a paralisação dos campeonatos por conta da pandemia do novo coronavírus, o futebol vive a iminência de uma crise financeira. Em entrevista ao programa Faixa Especial SporTV, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, analisou o que pode acontecer aos cofres dos clubes caso a bola siga sem rolar nos próximos meses. 

"Na situação atual, depende muito de como é composta a receita do clube. Se considerar que a TV vai manter contratos, que o campeonato será adiado, mas não cancelado, nem reduzido, considerando que não teria evasão de sócios, de patrocinadores, diria que um clube aguenta dois ou três meses, no máximo. Se essa rede que sustenta o clube for mais frágil, tem clube que não suporta 30 dias", previu Bellintani.

"É um momento apreensivo no país, temos que pensar em como ajudar o país a superar essa fase difícil que, tenho certeza, será superada. Temos discutido modelos de contrato, de campeonato, impactos que vamos sofrer para passar por essa fase sem sofrer tanto. Está claro que é algo atípico, inesperado para qualquer clube que se planeja. Vamos ter que ajustar", continuou o dirigente tricolor.

A previsão inicial de faturamento do Bahia em 2020 era de R$ 180 milhões, mas Bellintani acredita que diante do atual cenário não será mais possível bater a meta. 

"Nosso projeto de faturamento nesse ano é de R$ 180 milhões, mas acho difícil que chegue em 200 ou até nesses R$ 180 milhões. Dobramos nos últimos dois anos nosso faturamento, pretendemos continuar crescendo. Se for algo rápido essa pandemia, o que não é indicado agora, até conseguiríamos manter o orçamento, mas acho difícil. Haverá queda não só do Bahia, mas de todos os clubes", afirmou o presidente do Bahia.