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Ivan Dias Marques
Publicado em 27 de agosto de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
Era possível reescrever aqui o mesmo texto da semana passada, sobre a má utilização do VAR pela arbitragem brasileira e como a ferramenta tem potencializado a ruindade dos nossos juízes. Só mudaríamos os exemplos, como a ridícula expulsão do jogador Léo Sena, do Goiás.
Mas o fim de semana passado nos ofereceu algo melhor: alguns recomeços. Em São Januário, um recomeço de postura da torcida no estádio, é o que se espera. Seguindo a política do STJD, o árbitro Anderson Daronco interrompeu o jogo entre Vasco e São Paulo por conta de gritos homofóbicos da torcida vascaína.
O técnico Vanderlei Luxemburgo e os jogadores do cruzmaltino intercederam da maneira correta, solicitando aos alvinegros que parassem com os cânticos, o que foi atendido e não voltou mais a ocorrer. Há esperança.
Na segunda-feira (26), o Vasco da Gama emitiu uma nota sobre o assunto. Elegante, precisa e coerente com a história do clube. Um trecho em especial merece ser replicado. “A plateia de um estádio de futebol e a sociedade de maneira geral passam por um processo de aprendizado e conscientização necessário para que atos de preconceito fiquem no passado – um triste passado, diga-se”.
O futebol tem um papel importante dentro da sociedade. Por meio dele, parte da nossa cultura é repassada e pode, muito bem, ser redirecionada conforme as mudanças que a sociedade necessita. Infelizmente, o futebol, creio, teve e tem um papel importante na belicosidade da sociedade brasileira atual, tanto no seu aspecto social como no político. Talvez nele esteja o caminho da reconstrução de uma sociedade mais respeitosa e tolerante em relação ao próximo.
Canoagem Foi um domingo de recomeço também para Isaquias Queiroz e Erlon Souza, no Mundial de Canoagem Velocidade, em Szeged, na Hungria. A dupla se classificou para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 no C2 1.000m e conquistou uma chance de buscar o ouro que não veio por alguns segundos no Rio-2016.
Para Isaquias, o recomeço foi maior ainda. Após a morte do técnico Jesus Morlán, o futuro do baiano parecia nebuloso, ainda mais depois que ficou em 7º na etapa da Polônia da Copa do Mundo, em maio. O ouro no Pan-Americano de Lima, uma competição com menor nível técnico, parece ter ajudado o baiano, que voou no domingo para vencer o C1 1.000m.
Basquete E quem também está pronta para um recomeço é a seleção masculina de basquete. Depois de resultados castastróficos - como ficar de fora do Pan de Lima - e de colher os péssimos frutos de anos de gestão pífia da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), a equipe teve bom desempenho nos amistosos e chega com moral para o Mundial da China, em que estreia no próximo domingo, contra a Nova Zelândia.
Mesmo na derrota para a França, em Lyon, num torneio amistoso, a seleção teve um bom desempenho. A vaga olímpica segue complicada, por conta da grande quantidade de boas seleções europeias na competição e as poucas vagas distribuídas, mas é um bom recomeço do basquete brasileiro.
Ivan Dias Marques é subeditor do CORREIO e escreve às terças-feiras