Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Um olhar para o futuro

Metaverso, inteligência artificial, internet das coisas e impressão 3D são tecnologias desenvolvidas no Cimatec

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 10 de novembro de 2022 às 05:00

. Crédito: Fotos de Ana Lúcia Albuquerque/CORREIO

Quando você coloca os óculos de realidade virtual, propositalmente nomeados de Quest (busca, em inglês), assume o comando de joysticks, que passam a fazer o papel de suas mãos e começa a se mover, a sensação é de entrar num universo ultrarrealista de Minecraft. E lá é normal pegar com suas mãos um coração gigante, um gato, ou uma garrafa de champagne, que se pode girar e aproximar, a ponto de ler o rótulo. Tudo é tão real que você deverá se sentir um pouco tonto ao se deparar com o mundo fora dos óculos. Isso foi só um pouquinho de metaverso, uma das tecnologias trabalhadas no Senai Cimatec e demonstrada nesta quarta-feira (9), durante o Cimatec Talks +20. 

“A melhor maneira de tentar prever como será o futuro é ajudando a criá-lo." O raciocínio de Tiago Fontes, diretor de Marketing Estratégico da Huawei, resume o que Cimatec tem feito nos últimos 20 anos e o que deve ser o futuro de um dos principais centros tecnológicos do Brasil, sediado na Bahia. Ontem, a instituição reuniu representantes de alguns parceiros e expoentes de tecnologias como a inteligência artificial, Conectividade, impressão 3D e os seus diversos usos, além de tratar dos desafios das startups. 

Andre Oliveira, gerente executivo de negócios do Senai Cimatec, lembrou que a instituição ligada à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) nasceu a partir do desafio de atender às demandas da indústria automotiva, que se implantava na época. “Crescemos sempre com a visão de ajudar a indústria. Nascemos com a ideia de integrar competências, parceiros e tecnologias. Estamos muito conectados aos nossos propósitos”, destacou.  Felipe Tavares, professor do curso de Arquitetura da Universidade Federal da Paraíba Felipe Tavares, professor do curso de Arquitetura da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), defendeu a importância da inteligência artificial e o papel que a ferramenta tecnológica tem para liberar o ser humano de trabalhos perigosos e insalubres. “Mesmo se não pudermos mais fazer trabalhos rotineiros, ainda podemos ser insubstituíveis em nossa humanidade. Precisamos ser bons em sermos humanos”, destacou. 

Para ele, o avanço da IA precisa ser conduzido em dois sentidos: a eliminação do trabalho braçal e um aumento da capacidade humana. 

E para aqueles que imaginam os conceitos apenas como algo por vir, o professor destacou a presença da IA e de tecnologias como a da Internet das Coisas (IoT) em sistemas de gestão de trânsito, por exemplo. “Ferramentas de trânsito que já têm embarcada a IoT permitem não apenas a fiscalização, mas também predições sobre padrões de deslocamentos, com base em sistemas temporais”, aponta. Por exemplo, seria possível imaginar a quantidade de veículos que deixam uma cidade num feriadão. 

“A IA e a robótica são melhores quando melhoram as nossas capacidades, no lugar de nos substituir. Trabalho robótico deve ser feito por robôs e o humano, pelo homem”, ressaltou, explicando que para as coisas funcionarem bem é necessário investimentos em educação. “Temos que normalizar o uso da automação. O conhecimento em programação, modelagem paramétrica, fabricação digital, robôs, ciência de dados deve ser acessível a todos”, acredita. 

Tiago Fontes defendeu a importância da implantação da rede 5G para dar suporte a sistemas que utilizam IA, IoT e outras ferramentas tecnológicas. Ele explicou que a Huawei é uma empresa que se especializou no fornecimento da infraestrutura para as novas tecnologias. “A gente não fabrica carros. O que a gente faz? Sabem as centrais multimídia? Com a chegada da era inteligente, carros autônomos precisam de tecnologia para se locomoverem, terem um direcionamento. Como empresa inovadora, fabricamos componentes e soluções para serem embarcadas nestes produtos”, disse.

Outro recurso tecnológico que deve moldar os próximos anos é o da manufatura aditiva, mais conhecida como impressão 3D. Fernanda Grego, engenheira de Aplicações da HP, lembrou que o Cimatec é primeiro e único bureau que utiliza a tecnologia HP no Brasil. Ela falou sobre o avanço da tecnologia, mais presente em um número cada vez maior de produtos, e explicou que o uso da tecnologia se popularizou com a pandemia de covid-19, quando o frete de mercadorias se tornou mais caro. “Ter produção local, própria ou usando bureau de impressão pode reduzir muito tempo e custos, dando vantagens em relação a competidores”, aponta. 

Alternativas de financiamento são desafio para futuro das startups As startups devem se preparar para um momento de restrições nas ofertas de financiamento. Após um período de expansão acelerada na disponibilização de recursos, a tendência dos investidores é numa postura mais cautelosa. Foi o que indicaram os participantes do painel 'O papel das startups no futuro da Inovação'. Ivan Cavilha, Flavio Marinho, Carolina Morandini (na tela) e Álvaro Rodrigues Flavio Marinho, gerente de empreendorismo do Senai Cimatec, lembrou que nos últimos 20 anos, o modelo de negócio surgiu com bastante força no Brasil. “Vimos o surgimento de organizações capazes de se sobrepor a restrições comuns em modelos de negócios tradicionais, conectando criatividade, trabalho em rede e muito dinamismo”, destacou. Ele ressaltou o papel do Cimatec no fomento ao desenvolvimento destas empresas, tanto através de incubadoras quanto em suas redes de parceiros. 

Carolina Morandini, líder de Inovação Aberta e Ecossistema da Accenture Brasil, falou sobre um movimento de financiamento partindo de corporações mais tradicionais, num modelo chamado de corporate venture capital, como alternativa a modelos como o do capital de risco tradicional e o de investidores anjos. A principal diferença, explicou, é que o novo formato leva as startups para dentro das organizações. “Não exatamente qual será o futuro das startups, mas a inovação aberta chegou para ficar. Hoje é fundamental trabalhar com os recursos que estão disponíveis. Por que não unir as complementariedades das empresas?”, questionou.  

Álvaro Rodrigues, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Suzano Ventures, explicou que o CVC é visto dentro de grandes corporações como uma alternativa para complementar os investimentos em inovação dentro das indústrias. “Nós precisamos muito do que as startups têm para oferecer e queremos gerar conexão entre elas e os nossos ecossistemas”, destacou.  

“Eu gostaria muito que as escolas começassem a discutir cultura maker. Isso ajudaria a fomentar o empreendedorismo no Brasil. Fomentar o primeiro emprego, mas também a primeira empresa”, destacou Ivan Cavilha, fundador e CEO da YoFace.