Uma exposição exige do artista um esforço de grande intensidade

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  • Cesar Romero

Publicado em 28 de março de 2022 às 05:01

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O artista é quem valoriza o espaço. Não o contrário como muitos pensam. O artista é um profissional, que por sua existência e trabalho, invoca uma série de profissionais e produtos como críticos de arte, historiadores, revistas especializadas, moldureiros, Salões Oficiais, marca a história e documenta a cronografia da humanidade. Afora gráficas, tintas, pincéis, lápis, enfim, movimentam um mercado necessário para as produções de telas, papeis, monitores, vigilância e outros itens. 

Décadas atrás, para fazer uma individual, o artista precisava apenas de um espaço, pendurava nas paredes suas produções, dirigia o foco da luz ambiente. Fazia convites e um catálogo simples do evento, divulgação na imprensa e um coquetel inaugural.  

Hoje, as mostras individuais, - vamos nos manter nelas -, apresentam uma série de recursos e a cada ano somam-se outros. Assim curadores, analistas, livros, catálogos com fotos, convites, monitores e limpeza.  

Uma individual pede pequenas diferenças entre os formatos para que se tenha uma montagem sem muitos ruídos. As molduras no caso de pinturas, desenhos, gravuras, técnicas mistas, devem obedecer a uma ordem que sustente as obras de forma simples. O que vai ser visto, deve pertencer ao mesmo período, ao mesmo ciclo, para uma unidade de método. O foco, ponto para o qual converge alguma coisa, deve ter um significado objetivo. Surge a necessidade de curador, textos críticos, breve currículo para informar ao público a trajetória do artista. A montagem da mostra cabe a profissional da área como a iluminação. A iluminação segue um estudo, uma técnica de iluminar o ambiente, por meio de variações e efeitos de luz.

A montagem é um processo que consiste em selecionar, ordenar e ajustar os planos de uma exposição. As categorias formais de montagem: métrica, rítmica, tonal ou intelectual. A intelectual aproxima as obras para comunicar um conteúdo ideológico. Os textos críticos, geralmente no catálogo ou parede, se baseiam nas considerações segundo opinião, dotada de argumentos concretos.  O curador também pode escrever justificando as escolhas das obras. As novas gerações de críticos de arte alteraram para sempre a percepção do público sobre estilos estéticos. Na renascença – século XIV a século XVI - a arte estava diretamente relacionada com a representação fiel da realidade. 

No início do século XX, com as pinturas de Salvador Dali e “A Fonte”, de Marcel Duchamp, mudaram referências e representações. As críticas de arte são subjetivas e objetivas, simultaneamente. Uma exposição hoje exige do artista um esforço de grande intensidade.