Varejo espera contratar 3,5 mil pessoas no Verão, em Salvador

Maior volume de contratações temporárias acontece nos três últimos meses do ano

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  • Gil Santos

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo CORREIO

O setor varejista está ainda mais otimista para a chegada do Verão que o hoteleiro. Segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), o verão soteropolitano deve trazer, além de sol e praia, 3,5 mil postos de trabalho temporário. Em toda a Bahia serão 6 mil novos trabalhadores, e o volume maior de contratações acontece sempre nos três últimos meses do ano.

A projeção da CDL leva em conta avaliação de mercado e dados de instituições como Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Assrttem).

A CDL informou que os maiores contratantes são os shoppings e os setores que mais empregam são os de roupas e calçados, alimentos, enfeites, brinquedos, móveis, eletroeletrônicos, perfumaria e cosméticos. Os cargos mais procurados são das áreas de vendas, informática, marketing, limpeza, distribuição e atendimento.

A instituição voltou a criticar a decisão da Justiça de suspender o trabalho dos comerciários aos domingos e feriados. A CDL disse que a atividade aos domingos mantém 15% dos postos de trabalho e que a decisão judicial pode levar os empresários a terem que dispensar parte do pessoal, o que pode agravar a crise econômica. Nesta quinta-feira (18), houve uma trégua entre as partes.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), Paulo Mota, também criticou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho na Bahia (TRT-BA) do dia 5 de outubro. Segundo ele, a medida vai comprometer a contratação de trabalhadores temporários e pode gerar demissões.

“Esse período de final de ano é quando começamos as contratações, mas em razão de não poder trabalhar aos domingos e feriados não temos como dimensionar se teremos novos postos de trabalho. O risco, na verdade, é de desemprego”, afirmou.