Vereadores acusam Geraldo Júnior de fraudar regimento para aprovar ata na Câmara

A pressa de Geraldo Júnior em iniciar a sessão, sem quórum, foi vista como uma tentativa de fraudar a ata da sessão

Publicado em 19 de abril de 2022 às 20:25

. Crédito: Foto: Divulgação/CMS

O presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior (MDB) desrespeitou o regimento interno, cortou a palavra de seus colegas e desligou todos os microfones do plenário na tarde desta terça-feira (19) para “aprovar” a ata que elegeu a Mesa Diretora do Legislativo municipal. Ao perceber que seria derrotado, Geraldo Júnior iniciou a sessão com apenas 11 vereadores, quando o regimento exige a presença de 14.“O que ele fez é simplesmente um desrespeito à democracia, um desrespeito a todos nós que fomos eleitos para trabalhar por Salvador”, disse o vereador Duda Sanches (UB).A pressa de Geraldo Júnior em iniciar a sessão, sem quórum, foi vista por inúmeros vereadores como uma tentativa de fraudar a ata da sessão, que deveria ter sido lida em plenário. “Ninguém na Câmara se surpreende mais com as irregularidades do presidente da Casa. Nós pedimos a chamada nominal dos vereadores e vereadoras presentes e ele simplesmente ignorou todos os pedidos”, afirmou o vereador Claudio Tinoco (UB).

Leia também:Ministério Público recebe representação contra Geraldo Júnior Rui Costa comenta representação contra eleição de Geraldo Jr. na Câmara Ações na Justiça pedem anulação da eleição antecipada de Geraldo Jr na Câmara Mas as irregularidades de Geraldo Júnior não pararam por aí. Segundo o vereador Duda Sanches, não se começa uma sessão sem quórum qualificado e não se acaba uma sessão com quórum, a não ser que todos os trâmites sejam cumpridos. “O mais grave de tudo é que Geraldo Júnior simplesmente mandou desligar os nossos microfones, cometendo mais uma ilegalidade. Sinceramente, não acredito que Geraldo Júnior esteja envergonhado, porque ele perdeu a vergonha faz tempo e quer impor a sua vontade. Não vamos aceitar porque fomos eleitos para representar a população de Salvador, e não para ser antiético e desrespeitoso”, concluiu Duda Sanches.