Veterinários dão dicas para proteger pets contra efeitos dos fogos de artifício

Médicos veterinários para saber o que pode ser feito para amenizar o sofrimento e desconforto

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Publicado em 30 de dezembro de 2019 às 10:41

- Atualizado há um ano

. Crédito: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO

Os tradicionais fogos de artifício que iluminam as noites de fim de ano podem ser sinal de alegria e confraternização para muita gente. No entanto, por possuírem audição mais aguçada e sensível, os barulhos dos shows pirotécnicos representam para cães e gatos um gatilho para estresse, ansiedade, e ainda acidentes fatais.

De acordo com o médico veterinário Marcelo Ferro, o principal cuidado que o responsável pelo animal deve tomar é evitar deixá-lo em áreas abertas, que favoreçam o barulho da queima de fogos. “Se possível, colocar ele em um local fechado, ou que ele goste de ficar, como um quarto”, orienta Marcelo.

Para que o animal se sinta menos ansioso e estressado, Marcelo sugere a utilização de petiscos e brinquedos para entretê-lo. Outra dica é colocar uma faixa de tecido em volta do pescoço e do tórax do animal, além de não repreendê-lo quando houver ruídos causados pelos fogos de artifício. O veterinário destaca também que é importante evitar alimentar o animal no momento da queima de fogos, para reduzir o risco de engasgos.

Lena Almeida, também médica veterinária, reforça os cuidados com a alimentação do animal para evitar esses tipos de acidentes, que podem ocorrer devido ao susto e temor que o animal sente. “Quando se aproximam essas festas mais populares, a gente fica bem mais preocupado com os fogos e também com a comida, porque existem certos tipos de alimentos que o animal não pode comer”, explica a veterinária, que cita alimentos sólidos, como ossos, arriscados para o pet.

A veterinária recomenda que, para proteger o pet dos altos ruídos, o responsável recorra também ao uso de algodão nos ouvidos do animal, antes do início da queima de fogos. “Em relação aos barulhos, é difícil lidar, porque a audição deles é mais sensível. Alguns deles chegam a ter colapso e sofrem de mais”, lamenta.

Outra alternativa sugerida por Lena é o uso de calmantes, que podem ser encontrados em lojas e clínicas veterinárias. “Com os meus eu vou para um sítio bem longe, onde eles não possam ouvir o barulho dos fogos. Vou me isolar somente por causa deles”, relata a veterinária.

Tutores e responsáveis pelos animais devem estar atentos aos sinais de tremedeira, salivação, vômito e desmaio. Conforme a orientação dos veterinários, se for apenas uma reação de medo, e o animal ainda estiver consciente e responder a interações, basta deixá-lo isolado em seu canto que eventualmente ele vai se acalmar. Em caso de convulsões e desmaios, o médico veterinário deverá ser imediatamente consultado.

As informações são do Jornal O Povo