Vitória embarca nos braços da torcida rumo a Belém para decisão na Série C

Entre abraços, gritos e tapas calorosos da torcida rubro-negra, o elenco do Vitória se despediu de Salvador na tarde desta quinta-feira (22) rumo a Belém, no Pará, onde vai enfrentar o Paysandu, sábado (24), no jogo que decide o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.

Jogadores como Rafinha, Tréllez, Dionísio e o goleiro Dalton foram os mais ovacionados pelos torcedores presentes no aeroporto, que vibraram e incentivaram o técnico João Burse, além do presidente Fábio Mota.

Muito antes do ônibus dar as caras, torcedores como o estudante Pedro Henrique, de 19 anos, já aguardavam ansiosamente o time do coração aparecer.

“A emoção me trouxe até aqui, né cara? Ser Vitória é surreal. O Vitória é Colossal, todos nós sabemos. Acompanho esse time desde os meus 6 anos de idade, sou apaixonado, sou torcedor fanático, não perco um jogo, e não poderia faltar nesse momento tão importante para o clube e pra gente também. Um momento decisivo, onde nós precisamos passar energias positivas e o apoio da torcida aos jogadores para eles chegarem lá contra o Paysandu, a gente brocar e subir”, afirmou o estudante.

O pensamento dele e de muitos outros torcedores está fixado no jogo do fim de semana, na possibilidade de ver o Vitória vencer o Paysandu fora de casa e deixar a Série C para trás. Mas nem sempre foi assim. Se agora o clima é de festa, Pedro lembra de momentos difíceis vividos no começo do campeonato e que não davam esperança de que o clube pudesse brigar pelo acesso.

"Foi um ano difícil, né? Eu acompanhei todos os jogos, faço parte dos 5 mil torcedores que iam todos os jogos. Nós fazíamos a festa mesmo com o Vitória perdendo ou ganhando. Houve aquela situação com o Floresta, que a gente tomou 1x0 dentro de casa [na 2ª rodada], foi decepcionante demais. Ver que a torcida voltou a ir ao estádio, que o time em seguida foi embalando com a chegada do nosso técnico João Burse, é surreal, emocionante demais. Sentimento que não dá para descrever”, completou. Torcida rubro-negra compareceu em peso ao aeroporto de Salvador (Foto: Ana Albuquerque/CORREIO) Para que o cenário atual seja diferente do início da Série C, o time precisou passar por uma série de mudanças internas, com trocas no comando técnico e também no comportamento em campo. Na opinião de Caio Sales, 23 anos, estudante de Direito, um nome é responsável pela melhora do Vitória: João Burse. “O destaque é o técnico, com toda a certeza. Burse, depois que chegou, melhorou muito o time”, analisou.

Mas Caio lembra, também, que outro fator fundamental é a torcida presente, empurrando o elenco da arquibancada - ou colada com o ônibus na porta do aeroporto.

"Eu não tenho o costume de vim aqui [no aeroporto], mas como o Vitória entrou nessa situação de Série C, acredito que a torcida é mais importante do que tudo. Então acho que a gente estar aqui fazendo isso é muito mais importante do que qualquer coisa, a torcida merece destaque e vamos levar o time de volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro”, disse o rubro-negro.

Para estar nesse momento marcante do Leão na temporada vale tudo, inclusive pedir uma folga no trabalho, como fez a técnica de enfermagem Rosane Almeida, 27 anos. “Tive que pedir folga para estar aqui hoje. Esse ano eu fui para a grande maioria dos jogos e na volta do time eu vou estar para comemorar e buscar eles aqui”, celebrou a fanática torcedora.