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Aninha Franco
Publicado em 18 de outubro de 2020 às 11:00
- Atualizado há um ano
Entre as melhores frases sobre comunicação, “quem não se comunica se trumbica”, de Chacrinha (1917 a 1988) é impecável. E colada com “o meio é a mensagem” de Marshall McLuhan (1911 a 1980) explica como Chacrinha me apresentou através do seu programa de televisão a artistas baianos que nasceram e moraram, anos, a poucos quilômetros de mim, e que eu desconhecia antes de sua mensagem. Porque o meio de Chacrinha, irrepetível, fazia da mensagem uma flecha que sempre chegava ao alvo.
A comunicação apresenta e revoluciona. A máquina de impressão tipográfica inventada por Johannes Gutenberg (1400 a 1468) revolucionou a história humana desde sua criação. E ainda agora revoluciona. Dizem que o Renascimento, a Reforma e a Revolução Francesa não aconteceriam sem os livros. Talvez por isso queimar livros nunca sai de moda. Mas nunca acaba com eles. Para o prazer revolucionário daqueles que os frequentam.
O final do século 19 explodiu a comunicação do século 20. Nele, Heinrich Rudolf Hertz (1857 a 1894) desvendou as ondas de rádio, em 1893, Roberto Landell de Moura fez a primeira transmissão da palavra falada através de ondas eletromagnéticas e os irmãos Louis (1864 a 1948) e Auguste Lumière (1862 a 1954) inventaram o cinema em 1895. O século 20 pode comunicar sobre si mesmo em pensamentos, palavras e obras mais do que qualquer século anterior.
Mesmo porque um protótipo com a evolução de tudo isso, com som e imagem, acessível a milhares de humanos em todo o Planeta, a televisão, foi apresentada por John Logie Baird (1888 a 1946) em 1926, em Londres, e em 1928 imagens em movimento foram transmitidas por Baird de Londres para Nova Iorque.
Mas todas essas descobertas da comunicação são menos revolucionárias que a WEB, a World Wide Web, criada em 6 de agosto de 1991 no escritório do engenheiro inglês Tim Berners-Lee (1955), por uma razão: a WEB não tem donos como as emissoras de TV e rádios, como as indústrias de cinema ou suas salas. A WEB pertence a todos apresentando, mostrando, desvendando, explicando Humanos a Humanos em todos os idiomas, como uma Torre de Babel reerguida, capaz, quem sabe, de nos humanizar como os outros meios iniciaram.