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Oscar Valporto: da paixão pelo futebol à falência dos clubes

  • D
  • Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2015 às 02:34

 - Atualizado há 3 anos

Quase 30 mil pessoas lotaram o Estádio do Café para ver o Londrina, um ano após subir da Série D para a Série C, também conquistar o acesso à Série B, com uma vitória por 1x0 sobre o Confiança. Do Paraná para o Pará, da Série C para a Série D: em Belém, no Estádio Mangueirão, 31.681 pagantes viram o Remo, enfim, conquistar a vaga na Série C com uma vitória por 3x1 sobre o Operário (PR), com recorde de público da Série D. Não teve recorde só em Belém: o Fortaleza bateu recorde de público no empate por 0x0  com o Brasil (de Pelotas/RS) que contou com a presença de 62.903 torcedores na Arena Castelão - frustrados, certamente, pelo resultado, insuficiente para levar o time cearense de volta à Série B. Neste fim de semana de rodadas decisivas pelos escalões menores do futebol brasileiro, torcedores mostraram a força do esporte e a paixão que ele mobiliza por todos os cantos do Brasil.

Os estádios cheios é um sinal mais do que claro de que é possível tornar o futebol um negócio rentável para clubes e jogadores - certamente, com as diferenças de valores que existem entre cidades e regiões brasileiras, como em qualquer mercado. Mas essas demonstrações de força tornam ainda mais inadmissível a realidade do futebol brasileiro: com os clubes acumulando dívidas indecentes e poucos jogadores ganhando demais e a maioria ganhando muito mal, sem mínimas garantias trabalhistas. Prosperidade certa só para cartolas dos clubes e empresários de jogadores, que ganham com suor alheio.

Qualquer reação a esse estado de coisas enfrenta a oposição dos grupos encastelados na CBF e nos cartórios que são as federações estaduais. Foi assim com o Profut - o programa de recuperação das dívidas com suas contrapartidas de transparência que foi combatido pela bancada da bola no Congresso. E, agora, começou a batalha da CBF e seus aliados contra a nova Liga Sul-Minas-Rio. Pressionada por algumas entidades estaduais, com a Federação do Rio à frente, a direção da CBF, que havia dado aval inicial à liga, determinou a convocação de uma assembleia para decidir se autoriza a realização do torneio da Liga, marcado para 10 datas no primeiro semestre.

Com a nova posição da CBF, os presidentes dos clubes fundadores da Liga - Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Atlético/PR, Cruzeiro, Atlético Mineiro e clubes de Santa Catarina - anunciaram que pretendem  promover a competição de qualquer forma. A CBF ignorou a reclamação dos clubes da Liga e marcou a assembleia para terça-feira. Ex-presidente do Atlético Mineiro e diretor-executivo da Liga, Alexandre Kalil chamou a assembleia de “armação”; a CBF alega que tinha obrigação de convocar a reunião porque houve pedido da Federação do Rio, principal adversária da Liga. Como há muitos interesses em jogo, é impossível prever quem vai vencer essa parada: a CBF e seus aliados ou os representantes dos principais clubes de Minas, Paraná e Rio Grande do Sul e da dupla Fla-Flu. Enquanto os poderosos brigam, o futebol brasileiro - capaz de mobilizar multidões - perde tempo e dinheiro.

Futuro preocupanteDepois de uma estreia sofrível no Mundial quando foi superada e derrotada pela Coreia do Sul, a seleção brasileira sub-17 jogou melhor, ontem, dominou a Inglaterra, mas só ganhou por 1x0. Na sexta, decide vaga com a Guiné. Nada animador.

Futebol no ataqueDos 23 indicados à Bola de Ouro de melhor do ano, 21 jogam do meio-campo para frente: as exceções são o goleiro alemão Manuel Neuer e o argentino Javier Mascherano - zagueiro no Barcelona e volante na seleção. A presença de Neymar como solitário representante do Brasil confirma que o problema do nosso futebol está realmente do meio-campo para frente.