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Cachorródromos fazem sucesso em cinco praças de Salvador

Projetos personalizados trazem de volta a autoestima da população

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de março de 2018 às 16:30

 - Atualizado há 2 anos

Com dois anos de convivência, Amora, Duque e Pingo já firmaram uma amizade de fazer inveja em qualquer humano. Frequentadores assíduos do Cachorródromo do Imbuí, os pets brincam bem à vontade no espaço reservado para eles na praça central do bairro e se dividem até em turmas. 

O encontro diário, sempre no final da tarde, é proporcionado pelos seus cuidadores Fernando Souza, 58 anos, César Oliveira, 57, e Maria Ivoneide Bezerra, 54. “Cachorro faz muita amizade e a gente acabou se aproximando por conta deles. A rotina do cachorro é o começo de um papo. Com o tempo, passamos a conversar sobre a gente, a vida, fazendo a resenha. Virou ponto de encontro”, conta César, pai de Duque. 

E se engana quem pensa que o metro quadrado do espaço não é tão disputado. O primeiro cachorródromo da cidade costuma receber mais de 40 animais todos os dias. Cada turno, uma nova turma. É por lá que costumam, inclusive, comemorar os aniversários. “Fazemos bolos para eles e somente os cachorros que comem. É uma festa!”, conta Maria Ivoneide, mãe de Pingo.  

Novas instalações Hoje, em Salvador, outras quatro praças acolhem os animais: Praça ACM (São Caetano), Praça Afonso Ruy (Itaigara), Praça dos Dendezeiros (Bonfim), Praça Vale dos Rios (STIEP). O sucesso é tão grande que a prefeitura recebe, em média, cerca de 15 pedidos por dia. No momento, dois estão sendo construídos - Praça Nossa Senhora Assunção (Pituba) e Lord Cochrane (Garibaldi) – e outros cinco estão em projeto para a entrega até o final de 2018. 

“Entendemos que é um desejo das pessoas e também um respeito maior com os animais, dando a eles um espaço de lazer com bons atrativos”, conta Marcílio Bastos, presidente da Desal, empresa responsável pela manutenção das praças. 

Em Salvador, cada uma tem a sua própria história. No momento da reforma ou construção de um novo espaço, as particularidades dos moradores são levadas em consideração. “Antigamente, as praças eram lançadas ao léu. Hoje temos inteligência de projetos, fazemos de forma mais participativa”, explica Marcílio.

Sem um padrão a seguir, os novos projetos têm trazido de volta a autoestima da população. Somente nos primeiros quatro meses de 2018, a prefeitura irá entregar 25 novas praças, com equipamentos como academias ao ar livre, espaço zen e quadras poliesportivas. 

A maior novidade do momento é o Espaço Game, da Praça Lord Cochrane, que irá incentivar a convivência sem tecnologia, com a implantação de uma série de passatempos clássicos, tais como pingue-pongue, futebol de botão, damas e xadrez. “Quanto mais específicas e pensadas para a região, mais as praças serão ocupadas pela população”, destaca Naiara Amorim, professora da UFBA de arquitetura paisagística. 

Cuidar é preciso Quem não já se incomodou ao chegar na praça perto de casa para passear e ver placas arrancadas, paredes pichadas ou equipamentos destruídos? “Muitas vezes isso acontece pela falta de pertencimento do cidadão. A pessoa não entende que aquele espaço é dela e que deve preservar, fazendo, assim, mau uso dos equipamentos ou destruindo propositalmente mesmo”, explica Marcílio Bastos. 

Por mês, a prefeitura gasta em média 45 mil com manutenção das praças de Salvador. A preservação dos espaços é feita com uma varredura diária, equipada com equipamentos de serralheria, carpintaria, pintura e comunicação visual. “Este recurso poderia estar sendo aplicado em novos equipamentos ou novas praças. O dinheiro poderia ser revertido para a própria população”, ressalta o presidente da Desal. Dentre as praças com mais notificações de vandalismo estão a do Imbuí (Imbuí), a ACM (São Caetano), a Nossa Senhora da Luz (Pituba) e a Dodô e Osmar (Ribeira).