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Advogado recebe voz de prisão após bate-boca com delegada: 'Me tiraram à força'

Discussão aconteceu na 12ª Delegacia Territorial de Itapuã

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 21 de maio de 2025 às 18:24

Episódio foi registrado em Itapuã
Episódio foi registrado em Itapuã Crédito: Reprodução

Um bate-boca entre um advogado e uma delegada foi registrado no final da manhã de terça-feira (20), em Salvador. O advogado conta que a discussão começou depois que Ana Paula Gomes Ribeiro discordou da petição apresentada por ele. Mateus Nogueira recebeu voz de prisão por desacato na 12º Delegacia Territorial, em Itapuã. A polícia diz que Mateus prejudicou o trabalho dos funcionários. 

O advogado relata que chegou à unidade policial por volta das 11 horas, para protocolar um documento, e que foi direcionado para conversar com uma escrivã da delegacia. "A delegada disse que queria ver a petição e começou a discordar. Eu disse que entendia que ela tinha um entendimento jurídico que é diferente do meu e que, no final, a palavra que vai prevalecer é a do juiz. Ela se sentiu extremamente ofendida com isso", afirma Mateus Nogueira, que representa duas mulheres vítimas de violência. 

O advogado teria dito, então, que levaria o documento ao Ministério Público. "Ela começou a gritar que eu deveria sair da sala dela e não devolveu os documentos que eu havia entregado. Chamou um policial, que me tirou à força da sala. Diante disso, ela disse que eu estava preso por desacato e me deteve na delegacia", completa Mateus Nogueira. Ele disse que chegou a ser liberado, mas que, como recebeu voz de prisão, os procedimentos padrão deveriam ser seguidos. 

"Se eu recebesse voz de prisão e saísse da delegacia, poderia ser preso. Então disse que ela deveria concluir o que começou. Nesse momento, ela saiu com outra pessoa, foi almoçar e fechou a porta com meus documentos trancados na sala", explica. Apesar de não ter sido formalmente detido, Mateus Nogueira disse que só sairia da delegacia se tivesse em mãos os documentos dos clientes. 

A delegada retornou cerca de 30 minutos depois e chamou um colega, que lavrou o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TOC) por desacato contra ela. O documento formaliza crimes de menor potencial ofensivo. A discussão foi gravada por ambas as partes envolvidas na discussão. 

Outro lado 

A reportagem procurou a 12º Delegacia Territorial, mas não conseguiu contato com a delegada envolvida na briga. Em nota, a Polícia Civil disse que  investiga a denúncia de desacato. A versão da corporação dá conta que Mateus Ribeiro, ao se recusar sair da unidade policial, provocou tumulto. 

"Durante a lavratura de um procedimento, a plantonista solicitou que o bacharel se retirasse da sala, por estar interferindo no trabalho da Policia Judiciária. Após recusas e comportamento exaltado, e diante da insistência, o advogado foi retirado seguindo as orientações do coordenador de plantão. O caso foi registrado por ambas as partes e será apurado pela Corregedoria da Polícia Civil", diz a nota. 

A Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA) acompanha o caso. "Além de entrar em contato com o profissional, a seccional enviou imediatamente uma representante da Comissão de Direitos e Prerrogativas até a unidade policial para acompanhar os fatos e assegurar o respeito às prerrogativas da advocacia", pontua a instituição, em nota.